Há cada vez mais alunos da UMinho a recorrer ao Provedor do Estudante

“Há um aumento significativo de casos desde o a criação da figura do Provedor do Estudante, em 2010, até aos dias de hoje”. O ponto de situação é feito pela provedora do Estudante da UMinho, Rosa Vasconcelos, ela que esta terça-feira, em entrevista à RUM, revelou que está a “preparar um dossier dos doze anos da provedoria, onde vai ser visível um aumento significativo de casos” face ao período inicial, na altura com o docente António Paisana.

No cargo desde 2019, a também docente associada do Departamento de Engenharia Têxtil da Escola de Engenharia da UMinho constata que a “disseminação da existência deste gabinete está melhor”, daí o aumento de pedidos de contacto por parte da comunidade académica. 

Só no ano passado a Provedora do Estudante recebeu mais de 700 solicitações, um número recorde desde a instalação deste gabinete. 

Entre 2019, ano em que entrou em funções, e o período atual Rosa Vasconcelos constata que “está a aumentar o número de alunos que reportam várias situações”, incluindo “mediação, e pedidos de informação”. 

“O aumento foi de quase 300 para 762 casos, como tive no ano passado”, contabiliza a docente que, mesmo assim, sublinha: “muitos estudantes não sabem da existência do provedor do estudante e para que serve”, nomeadamente os alunos mais velhos.

Comprometida a fazer chegar a mensagem à comunidade académica em geral, a Provedora do Estudante começou a agendar reuniões mensais com os núcleos de curso e com a direção da Associação Académica da Universidade do Minho. Além disso, e a título mais informal, cricou um grupo de WhatsApp com estes representantes, garantindo uma via direta e prática para transmitir informação atualizada. 

Os estudantes são apenas uma parte da figura do Provedor. Os contactos recorrentes com as principais figuras com responsabilidade na UMinho também se tem revelado útil. “Tenho feito reuniões mensais com o Sr. Reitor, com o Sr. Administrador, com os SASUM, com os serviços académicos, com a vice reitora para a Educação, com o pró-reitor para os Assuntos Estudantis e com a Diretora dos Serviços de Relações Internacionais”, detalhou.

Na pandemia, a avaliação foi o principal motivo de preocupação por parte dos estudantes


Rosa Vasconcelos assume que o período da pandemia foi o que mereceu mais pedidos de ajuda. A avaliação foi o principal motivo que levou os estudantes a recorrer à Provedora do Estudante. Além disso, surgiram muitas queixas por falta da existência de rede em muitos pontos do país de onde os estudantes eram oriundos, assim como a necessidade de apoio informático. Rosa Vasconcelos recusa que os estudantes tenham sido prejudicados durante este período de pandemia, precisamente porque a sinalização das situações se revelou eficaz. “Tentámos arranjar sempre uma solução”, recorda.

“Outro ponto extremamente importante foi o de apoios financeiros de alojamento e alimentação”, disse, dando o exemplo de muitos pedidos que chegaram por parte de estudantes internacionais que se encontravam nas cidades de Braga e Guimarães a estudar e que em simultâneo trabalhavam em regime de part-time em estabelecimentos que de uma dia para o outro encerraram.

Assuntos que preocupam os alunos variam de curso para curso


De acordo com Rosa Vasconcelos, os assuntos que preocupam os alunos “variam de curso para curso”. Nessa medida, a Provedora tem procurado arranjar soluções com as direções de curso e de escola. “O provedor pode apenas recomendar”, reitera, e Rosa Vasconcelos garante que o faz em ligação direta com o reitor da Universidade do Minho. 

Entre os exemplos referidos pelos estudantes, a provedora dá conta dos horários das aulas e do local escolhido para estágios curriculares. Questionada sobre a flexibilidade ou não dos responsáveis das escolas, Rosa Vasconcelos diz apenas que “não tem problemas com ninguém”, reiterando que todos devem contribuir. “Temos conseguido sempre atender a uma solução. Às vezes pode não ser exatamente como pretendia, mas aproximada”, responde.


A Provedora apela ainda aos universitários que se informem, nomeadamente através do site oficial da Universidade do Minho, sobre a missão deste gabinete.


OUVE AQUI A ENTREVISTA COMPLETA AO PROGRAMA CAMPUS VERBAL

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Elsa Moura
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