Há universidades que cobram mais de 700 euros por tese de doutoramento

Setecentos e vinte e cinco euros. É este o valor que a Universidade da Beira Interior (UBI) cobra aos estudantes para realizar uma prova de doutoramento. O valor atira a UBI para o topo da tabela, que só não conta com a Universidade dos Açores e a Universidade de Trás Os Montes e Alto Douro, por serem as únicas a não cobrar qualquer verba adicional aos doutorandos para admissão das provas. 

A informação é avançada na edição desta segunda-feira do Público. Segundo o jornal, na Universidade do Algarve, o valor cobrado são 525 euros, na Universidade do Minho chega aos 300, em Aveiro são cobrados 100 euros e, em Coimbra, é necessário pagar 50 euros.


Em causa, dizem as instituições, está o suporte de “custos administrativos”, para lá da propina paga anualmente. 

No caso da UBI, a instituição alega que o preço que cobra por doutoramento é inferior ao praticados noutras instituições, como em Coimbra e nos Açores. Nestas duas universidades, as propinas podem chegar aos três mil euros, na Beira Interior, variam entre 1600 e os 2000.

A ABIC (Associação de Bolseiros de Investigação Científica) diz, ao Público, que leva o tema por diversas vezes às reitorias, mas que não tem obtido respostas. Bárbara Carvalho, presidente da associação, fala de ausência de regulamentação, e considera as questões administrativas uma falsa questão, como ficou provado durante a pandemia, quando as defesas das teses foram feitas por vídeochamada.

Manuel Heitor, ex-ministro do Ensino Superior, ter-se-á comprometido, segundo a ABIC, em 2021, a suportar esses custos através do Orçamento de Estado, mas a medida acabou por ser travada no Ministério das Finanças.

c/Público

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Liliana Oliveira
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