História do trabalho doméstico representada por Sara Barros Leitão no CCVF

O título é de um excerto do livro ‘Novas Cartas Portuguesas’, publicado em 1972 por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, um marco importante no movimento feminista em Portugal. Com texto e interpretação da atriz portuguesa Sara Barros Leitão, ‘Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa’ é apresentado esta sexta-feira e este sábado, às 19h30, no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor.


O espetáculo parte da criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal e percorre vários “momentos de luta e organização” das mulheres que executam este trabalho. À RUM, Sara Barros Leitão conta que, durante muito tempo, investigou sobre o percurso das empregadas domésticas, desde a sociologia à história, num processo “complexo” de pesquisa e estudo.

“Será que alguém nasce para servir? Que sentido faz ter alguém 24 horas numa casa disponível para servir? Que histórias são estas? “, questiona.

A peça critica ainda a “falta de regulamentação” no trabalho doméstico. A atriz sublinha que as empregadas domésticas têm vindo a aumentar, descrevendo como uma “moda da classe alta”.

A sessão de sábado é apresentada com audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Na perspetiva de Sara Barros Leitão, trata-se de um sinal de “verdadeira inclusão”, de modo a que as pessoas sejam “livres e autónomas” para usufruir da cultura.  

*Escrito por Rita da Costa Carvalho

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