BE denuncia atraso de onze meses em consulta de psiquiatria no H. de Braga

O Hospital de Braga adiou onze meses uma consulta de psiquiatria a pelo menos dois utentes. A consulta estava prevista para 1 de Abril de 2020 e foi reagendada para 17 de Fevereiro de 2021. A denúncia é feita pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda. José Maria Cardoso, deputado eleito pelo distrito de Braga, reconhece que a covid-19 provocou atrasos e remarcação de consultas, mas considera “inadmissível”um adiamento desta natureza. 


“Fomos abordados pelo pai de dois jovens gémeos que estão a viver esta situação”, começa por explicar. Aos utentes não terá sido apresentada qualquer justificação para um adiamento de tantos meses. O deputado do BE entende que o tempo máximo de resposta garantido tenha aumentado susbtancialmente, consequência da covid-19, mas reitera que no caso de consultas de psiquiatria “para pessoas que necessitam de um acompanhamento permanente”, não é possível aguardar tanto tempo.

O Bloco de Esquerda já pediu esclarecimentos à Ministra da Saúde e aguarda uma resposta. José Maria Cardoso avisa que este é apenas um dos casos identificados, alegando que podem existir outros. “Há alguma explicação possível ou há um engano? Isto pode estar a acontecer a mais utentes”, avisa. Por isso, os bloquistas pretendem saber “quantas consultas foram reagendadas, quantas pessoas se encontram nesta mesma situação e quais os critérios de marcação. 

Hospital refere que “o doente em questão não apresenta uma situação clínica grave, estando também a ser acompanhado em psicologia com consultas agendadas para os próximos meses”

Fonte do Hospital de Braga esclarece que “o utente em causa já vem sendo acompanhado na especialidade de Psiquiatria deste Hospital” e que “na especialidade de psiquiatria, todos os casos considerados clinicamente graves estão a ser vistos em consulta”.


A unidade de saúde refere que “o doente em questão não apresenta uma situação clínica grave, estando também a ser acompanhado em psicologia com consultas agendadas para os próximos meses”.

Na mesma nota é referido que a médica que acompanha o doente em questão “encontra-se ausente por tempo prolongado, tendo havido uma remarcação automática das suas consultas. No entanto, a situação já está a ser analisada caso a caso”.

“Actualmente, o tempo médio de espera para primeiras consultas nesta especialidade é de 200 dias, ficando o mesmo a dever-se, também, pelo efeito incontornável da pandemia que estamos a viver”, pode ainda ler-se na nota enviada à RUM.

Realça-se, no entanto, que o combate às listas de espera são uma preocupação presente, sendo a retoma das mesmas, em tempo de COVID-19, uma prioridade.

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Elsa Moura
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