Hospital de Guimarães e Famalicão com adesão de 90%, Braga e Barcelos 80%

A adesão à greve dos trabalhadores do setor público da saúde, exceto médicos e enfermeiros, ronda os 80 a 90% nos hospitais do quadrilátero urbano.

Em Guimarães e Famalicão, a adesão atinge os 90%, em Braga e Barcelos é um pouco menor, 80%. “É uma adesão muito forte, à semelhança do que acontece nos hospitais da região Norte”, afirmou, em entrevista à RUM, Orlando Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Segundo o sindicalista, os serviços mais afetados são a “consulta externa e cirurgia programada”, sendo que nestes casos são as áreas “onde há realmente impacto para o doente, porque fica sem tratamento, consulta ou cirurgia” .

Nos internamentos, adiantou, “estão assegurados os serviços mínimos”. “No serviço Covid e da bactéria CRE, chegamos a acordo com a administração do Hospital de Braga para alargar nas nove enfermarias o número de trabalhadores, porque é uma situação excecional”, explicou.

Acordo coletivo de trabalho continua por aplicar quatro anos depois

Quatro anos depois de ter entrado em vigor, o acordo coletivo de trabalho para carreiras especiais continua sem ser aplicado. Em causa estão “as 35 horas para trabalhadores com contrato individual de trabalho”.

“Hoje, quatro anos depois, este acordo, que entrou em vigor a 1 de julho de 2018, ainda não está a ser aplicado em grande parte dos hospitais pelo menos na íntegra. Uma situação fácil de resolver, porque é só consensualizarmos a interpretação do acordo e cria-se igualdade na aplicabilidade do acordo em todo o país”, explicou.

Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho, a dignificação e valorização profissional, a justa contagem do tempo de serviço e a admissão de mais trabalhadores.

Novas greves dependem da proposta do Governo 

Está agendada uma reunião com o Ministério da Saúde, para 27 de julho, mas, à RUM, Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos, diz que “nunca se descarta a possibilidade de uma outra ação de luta”, estando esta dependente “da proposta que venha para cima da mesa na reunião com a tutela”. “Está nas mãos da tutela podermos avançar com o processo negocial sem criar mais constrangimentos”, referiu. 

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Liliana Oliveira
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