Hosp. Guimarães adquire equipamento para deteção precoce de cancro da mama
O Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, passou a dispor de um equipamento digital inovador que permite o diagnóstico precoce de cancro da mama. Trata-se de um mamógrafo com tomossíntese e mamografia com contraste.
A máquina chegou esta segunda-feira e já se encontra operacional. A diretora do serviço de Imagiologia, Catarina Silva, esclarece à RUM que “a grande vantagem” do novo equipamento é a captação de imagem com “um detalhe de contraste muito maior.” As lesões que “facilmente passavam despercebidas” na mamografia 2D, esclarece, tornam-se mais percetíveis e detetáveis em fases cada vez mais precoces.
“A mamografia analógica utilizava cassetes que tinham de ser reveladas. Com este mamógrafo, a aquisição é feita como uma fotografia digital que aparece diretamente no nosso ecrã e fica imediatamente disponível no nosso sistema de distribuição de imagens”, explica.
A maioria dos centros de diagnóstico precisa de realizar ressonância magnética para obter estes tipo de indicadores, o que acarreta atrasos, custos e desconfortos para os utentes. De acordo com a médica, o módulo de contraste permite a identificação imediata de potenciais lesões na mama, otimizando o circuito de doentes com suspeitas de cancro.
Catarina Silva adiciona ainda que a operacionalização do novo equipamento vai permitir a implementação do modelo ‘One Step Clinic’, antecipando, em várias semanas, os tratamentos. “Este é um conceito muito importante, porque a senhora vem hoje com uma suspeita qualquer de um nódulo na mama e é avaliada pela cirurgia, pela radiologia, faz biópsia, estadiamento ou mamografia com contraste, se for necessário, e, passados 10 dias, já temos resultados. Faz-se tudo numa consulta.”, conclui.
Até ao final de 2022, o hospital pretende também introduzir a biópsia mamária assistida por vácuo, que, em certos casos, poderá substituir o tratamento cirúrgico, e investir na ressonância magnética.
*Escrito por Inês Batista
