I3B’S desafia o reitor a desbloquear a progressão de carreira dos docentes

A presidente do Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos (I3B’S) desafiou o reitor da Universidade do Minho (UMinho) a “desbloquear o processo de progressão de carreira dos docentes até ao final do mandato”.

Esta segunda-feira, na sessão digital que assinalou o 3º aniversário do I3B’s e, em simultâneo, o 22º aniversário do Grupo de Investigação 3B’s, a presidente confessou que a unidade orgânica está “longe do objetivo inicial”. No seu discurso, perante a comunidade do 3B’s, a responsável frisou que a meta desde a sua criação passava por assegurar que os funcionários e investigadores que “em muitos casos” trabalhavam há vários anos na UMinho poderiam ter uma carreira e não progredir no âmbito do PREVPAP. Manuela Gomes deu o exemplo concreto do presidente do conselho da unidade que “está na academia minhota há 15 anos sem um vínculo permanente”.

“Não podemos ter docentes impedidos de progredir na carreira. O Sr. Reitor está quase a terminar o seu mandato, gostaria que assumisse hoje, aqui, perante a comunidade do I3B’s, que vai resolver estas situações antes das próximas eleições”, apelou.

Em resposta, o responsável máximo da academia minhota, declarou que a UMinho não tem responsabilidade nas decisões que foram tomadas. Rui Vieira de Castro recordou o “esforço enorme que foi exigido à UMinho”, no que diz respeito à integração dos trabalhadores no âmbito do PREVPAP, uma vez que a universidade “não recebeu nenhum financiamento complementar da parte do Estado para suportar esta integração”.

Recorde-se que a UMinho integrou cerca de 120 precários, um encargo financeiro adicional de 1,7ME, sendo que, neste momento a transferência do Orçamento de Estado cobre apenas 60% das necessidades da universidade em termos de “massa salarial”.

O reitor explica que a UMinho vai continuar a tentar encontrar uma solução para a progressão de carreiras, no entanto esclarece que a academia viu-se em mãos com um problema que atualmente só pode ser resolvido através de uma “revisão estatutária”.

Durante a sessão, que decorreu via Zoom, foram entregues três prémios relativos ao ano de 2020: melhor tese de doutoramento a Alexandra Brito, melhor artigo científico experimental a Simão Teixeira e melhor artigo científico de revisão ao aluno Carlos Guimarães.

3B’s em números


Nos últimos anos, o I3B´s passou de 27 para 67 investigadores, seis de carreira e catorze bolseiros. Desde 2018, já captou 39 projetos de investigação no valor de 10.2 milhões de euros. No início de 2021 estavam em execução 55 projetos com um financiamento global de 31.6 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 23% do valor global dos projetos em execução no universo da UMinho.


Instituto Cidade de Guimarães praticamente concluído


Até ao momento, de acordo com o reitor, o investimento direto da Universidade do Minho na construção do Instituto Cidade de Guimarães, no Avepark, ronda os 1,4 milhões de euros. Na mesma sessão, o responsável máximo da academia minhota adiantou que os trabalhos de construção do edifício estão praticamente concluídos.

Rui Vieira de Castro refere que é ambição da UMinho comprar a atual casa do 3B’s. Desde o início do ano, e por enquanto, o imóvel encontra-se arrendado.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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