Iniciativa da ECUM permite identificar 163 espécies de fauna e flora

Naturalistas, cientistas e cidadãos juntaram-se, esta quinta-feira, no parque desportivo da Rodovia e na vizinha ecovia do rio Este, em Braga, onde identificaram 163 espécies de fauna e flora. 

A iniciativa da Escola de Ciências da Universidade do Minho, denominada Bioblitz, permitiu aos participantes identificar melros, sapos, rabirruivos, poupas, toupeiras, alvéolas-brancas, nenúfares, dedaleiras, choupos, medronheiros, mentas, chapins ou líquenes. 

Tratou-se do primeiro evento em Braga a antecipar a Noite Europeia dos Investigadores, que se realiza a 29 de setembro em toda a Europa.

No total, registou-se 384 observações na aplicação online iNaturalist, onde é possível ver agora as fotos tiradas pelos participantes e a fauna e flora elencadas. “Correu muito bem, com pessoas e famílias curiosas, em especial as crianças, muito entusiasmadas e a quererem ‘carregar’ espécies na aplicação, desde aves, peixes, répteis, batráquios, insetos, líquenes e plantas. Se o sol tivesse aparecido, haveria mais insetos, como as borboletas”, assinalou Alexandra Nobre, professora do Departamento de Biologia da ECUM. O “Bioblitz” juntou naturalistas, cientistas e cidadãos, promovendo a “ciência cidadã” e momentos de convívio em prol da conservação da biodiversidade, da gestão ambiental e de decisões políticas informadas.

O “Bioblitz” tem a colaboração do Município de Braga, que se fez representar pelo vereador do Ambiente e Alterações Climáticas. Altino Bessa considerou a iniciativa “muito positiva” e destacou as intervenções da autarquia na última década para melhorar a qualidade da água e o repovoamento do rio Este. “Havia grandes agentes poluidores e temos vindo a ‘degolar’ essas descargas”, disse, lembrando que em torno da área onde decorreu o “Bioblitz” “vivem mais de 100 mil pessoas e há indústrias, empresas e restaurantes”.

O município está também a cadastrar a rede de águas pluviais na envolvente do rio para identificar ligações irregulares. Desenvolve ainda um projeto de renaturalização do Este, tendo já efetuado um repovoamento com duas mil trutas. “Precisamos de mais corredores verdes e galeria ripícola, para aumentar a biodiversidade e para o aparecimento de espécies como a lontra, que não era avistada desde 2016”, concluiu Altino Bessa.

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Liliana Oliveira
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