Iniciativa Liberal quer reduzir os impostos e vender ou concessionar o Estádio Municipal de Braga

Reduzir os impostos municipais, referendear os problemas de mais difícil resolução e concessionar ou vender o Estado Municipal. Estas são algumas das 150 propostas, divididas por 11 áreas, que a Iniciativa Liberal (IL) quer implementar no concelho para tornar Braga uma “autarquia liberal”.

Seguindo algumas das bandeiras do partido a nível nacional, a Iniciativa Liberal apresentou, este sábado, no Museu D. Diogo de Sousa, o programa eleitoral que tem na mobilidade, habitação e carga fiscal algumas das principais propostas.

Olga Baptista, candidata liberal à Câmara, quer “abrir a porta ao liberalismo em Braga” e, por isso, pretende “reprogramar a autarquia e melhorar gestão autárquica”, através da digitalização dos serviços, e “devolver o poder às pessoas, com a redução do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para o valor minímo e a devolução de 50% do IRS”. “Isso faz com que as pessoas tenham mais dinheiro no bolso para fazer as suas escolhas, que, muitas vezes, são dentro da cidade e, por isso, permitem o alavancar da economia local”. 

A Iniciativa Liberal propõe a venda progressiva da habitação social, dando preferência aos inquilinos atuais, com preços acessíveis. “A autarquia continua a fazer o apoio social que deve fazer, mas não tem que ser a Câmara a resolver o problema da habitação. Pela auscultação que fizemos, neste momento, não existem terrenos. Temos que rever o PDM (Plano Diretor Municipal) e alargar a possibilidade de construir. O preço está elevado, porque a procura cresceu e a oferta diminuiu. Tivemos tempos em que a habitação em Braga era a mais barata das redondezas e conseguimos fixar aqui muita gente, porque havia muita oferta para a procura. É o mercado a funcionar”, explicou a candidata.

A Iniciativa Liberal aponta ainda soluções para a falta de camas para estudantes no concelho, nomeadamente através de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou edifícios já identificados para o efeito, como a antiga Escola Francisco Sanches e a D. Luís de Castro.

Ainda assim, a candidata da Iniciativa Liberal admite “parcerias com privados”. “Pode ser a Câmara a fazer a residência, não tem é que ser só o público a responder às necessidades”, frisou.

O partido quer ainda implementar uma Assembleia Municipal Jovem, para aproximar os mais novos da política. “Queremos trazer as pessoas para a política, principalmente os jovens, porque achamos que são uma força, trazem energia, ideias e inovação. Queremos até aproximar a cultura dos jovens”, acrescentou.

“Não interessa atirar dinheiro para cima do problema, como a gratuitidade, quando a organização dos TUB não dá solução”

Na mobilidade, Olga Baptista diz que não se pode avançar com a gratuitidade dos transportes públicos quando a atual organização dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) não satisfaz as pessoas. “Não interessa atirar dinheiro para cima do problema, como a gratuitidade, quando a organização dos TUB não dá solução. Se os horários não satisfazem as pessoas, e número de autocarros e circuitos também não, as pessoas não vão utilizar mesmo que seja gratuito. Primeiro temos que dar comodidade, rapidez e ter um custo/ benefício justo. Só depois podemos pensar em soluções como essas que foram apresentadas”, referiu ainda. 

A Iniciativa Liberal pretende ainda descentralizar serviços da Câmara para as Juntas, permitir a livre escolha aos cidadãos através da atribuição de cheques-creche, cheques-ensino e cheques-transporte, implementar um seguro municipal de saúde e criar linhas intermunicipais e soluções intermodais de transportes públicos entre os vários municípios do Minho. Estas e outras ideias dividem-se pelas áreas da Competitividade económica; Governança, cidadania e transparência; Planeamento urbano e mobilidade; Qualidade de vida e ambiente; Segurança e proteção civil; Património e cultura; Saúde; Educação e formação; Desporto; Habitação e Coesão social e liberdade. 


Na apresentação do programa, o número dois da lista à Câmara, Miguel Rocha, referiu que “Braga tem que ser a cidade líder do Minho”. Já Carla Castro, da comissão executiva do partido, apontou o programa bracarense como “forte e robusto”, acreditanto que vão ser eleitos autarcas liberais, a 26 de setembro. 

Com a corrida autárquica, a Iniciativa Liberal conclui o seu primeiro ciclo eleitoral, com candidaturas a todos atos eleitorias. 


O programa eleitoral, que o partido diz ser “uma alternativa pensada em função das pessoas”, pode ser consultado aqui.

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Liliana Oliveira
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