Integração na ATP “é um benefício, mas não um requisito, para que Braga aproveite crescimento do turismo”

Ricardo Rio diz que Braga “tem beneficiado” com a sua integração na direção da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), mas isso não justifica, por si só, o aumento do número de turistas na cidade.
O autarca bracarense voltou a integrar a direção, que continua a ser liderada por Luís Pedro Martins, até 2025.
Ricardo Rio destaca a participação do município “em muitas iniciativas que a ATP tem desenvolvido em termos de promoção internacional”. “É um benefício, mas não é um requisito para que Braga possa aproveitar esse crescimento do turismo”, apontou o autarca, lembrando que “a ATP não deixa de prestar atenção a todos os outros municípios e Braga tem feito o seu caminho e tem conseguido, independentemente da participação na ATPN, mobilizar fatores de atratividade para o concelho”.
Com a participação na Associação Turismo Porto e Norte, o concelho “tem participado em campanhas, em missões de jornalistas e operadores que se têm deslocado ao país e até grandes eventos têm sido atraídos para a cidade”. “A equipa tem feito um trabalho notável e posicionou o Norte como um grande motor em termos de crescimento turístico no país”.
A cerimónia de tomada de posse da nova direção decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto, contando com a presença do secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
Até 2025, a ATP pretende, segundo o autarca de Braga, “continuar a reforçar a visibilidade internacional do Norte, promover uma atratividade equilibrada e coesa por todo o território e continuar a trabalhar politicamente para que alguns dos requisitos para que este afluxo de turistas possa continuar a concretizar-se se verifiquem”.
Neste último caso, Rio aponta como exemplo concreto o “aproveitamento do Aeroporto Francisco Sá Carneiro e das ligações internacionais, sendo que várias companhias internacionais têm substituído as linhas portuguesas”.
O social democrata acusa o Governo de “alguma passividade no momento em que tem uma palavra a dizer nas decisões da gestão da TAP, que têm sido prejudicais para o Norte do país”. “São muitos os destinos que seriam ligações correntes para os cidadãos do Norte que não estão devidamente servidos pela TAP, mas por outros
operadores. Parece-me que um dos anseios da região é que o Governo assuma algum contributo na atratividade que tem que criar para esses outros operadores”, afirmou.
Além de Ricardo Rio, a direcção liderada por Luís Pedro Martins é composta por Catarina Santos, em representação da Câmara Municipal do Porto, e Mónica Gonçalves, do Hotel Hilton Porto Gaia e representante das empresas da Classe do Alojamento, como vice-presidentes.
Fazem ainda parte da direcção da ATP instituições a ANA – Aeroportos de Portugal, a Fundação Casa da Música, bem como a Associação Comercial do Porto, entre vários outros parceiros, instituições e empresas de importância crucial ou elevada no sector do turismo.
