Investigadora da UMinho recebe prémio atribuído pelo governo de Angola

Cláudia Fançony, ligada ao Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, recebe, esta quinta-feira, o Prémio Nacional Mulheres de Mérito, na categoria ‘Investigação’. A cerimónia, dinamizada pelo governo angolano, acontece em Luanda.
A investigadora é licenciada em Biologia Aplicada e mestre em Biotecnologia e Bio-Empreendedorismo em Plantas Aromáticas e Medicinais pela UMinho, doutorada em Saúde Pública pela Universidade do Porto e pós-doutorada pelo Centro de Investigação em Saúde de Angola e pelo ICVS da Escola de Medicina, ao abrigo do programa Envolve Ciência PALOP, da Fundação Calouste Gulbenkian.
A sua pesquisa centra-se na resistência a medicamentos antimaláricos e na epidemiologia molecular da malária. A cientista lidera um projeto que explora as forças opostas que dois fármacos exercem num único alvo do parasita da malária, para perceber se a resistência deste diminui. Embora haja fármacos em desenvolvimento nesta área, podem não estar disponíveis a curto prazo.
Para Cláudia Françony, a alternativa inovadora seria resgatar fármacos já em utilização e criar uma nova combinação, baseada em evidências farmacogenéticas. O seu projeto até 2025 chama-se ‘ProbeTACT’ e vai testar uma terapia combinada tripla à base de derivados de artemisinina, envolvendo o know-how do CISA, do ICVS, do Hospital Pediátrico David Bernardino e o financiamento da Gulbenkian.
O Prémio Nacional Mulheres de Mérito visa homenagear e reconhecer várias mulheres daquele país que se destacam a cada ano em diversos domínios da sociedade. Cláudia Fançony vai ter direito a uma menção honrosa, um diploma de mérito e ao valor de 1.5 milhões de kwanzas (2710 euros).
