João Leão: “No limite” injeção no Novo Banco será de 480 milhões”

Segundo revelou o ministro das Finanças, em entrevista ao Jornal de Negócios, “neste momento, não se antecipa a necessidade de um Orçamento retificativo” e que no caso do Novo Banco (NB) estão a ser estudadas “diferentes alternativas”, havendo a preocupação que, “no Fundo de Resolução, se faça o escrutínio devido, de forma rigorosa, das contas do Novo Banco”. “Também há uma auditoria em curso que esperamos que seja concluída em breve”, acrescentou. A injeção de capital no banco, este ano, não deverá ultrapassar os 480 milhões de euros. 

As moratórias terminam em setembro deste ano. O ministro da Economia já admitiu que está a ser estudada uma solução para alguns setores de atividade, fortemente penalizados pela crise gerada pela pandemia. O alargamento das moratórias apenas para alguns setores estará em cima da mesa. “Se como tudo indica tivermos um crescimento muito robusto no segundo semestre, tem de se procurar ser mais seletivo na utilização de moratórias para começar a normalizar e não criar um outro problema por essa via”, explicou.

Governo prevê no OE 500 milhões para a TAP

O plano de reestruturação da TAP está ainda ser negociado com Bruxelas. O documento que foi enviado para a Comissão Europeia em dezembro previa um corte nos custos com pessoal, indicando que, além dos contratados a prazo cujos contratos não foram sendo renovados, deveria ter de sair da empresa cerca de duas mil pessoas: cerca de 750 tripulantes, 500 pilotos e 750 elementos de terra. Após negociações com os sindicatos, que terminaram nos últimos dias, foram alcançados acordos de emergência que suspendem apenas algumas cláusulas dos acordos de empresa, tendo sido negociadas medidas de adesão voluntária e cortes nos salários que começam nos 1330 euros. Embora, não evitem a saída de quadros da empresa.

Ainda nem todos os sindicatos assinaram os acordos, como é o caso dos SPAC, que representa os pilotos, e que vão votar o acordo de emergência e temporário estabelecido entre a companhia e o sindicato em assembleia-geral extraordinária em 20 de fevereiro, de acordo com a Lusa. Caso haja alguma classe profissional que não aceite o acordo, será abrangida pelo regime sucedâneo.

O ministro das Finanças, ao Jornal de Negócios, nota que no Orçamento do Estado “já tínhamos previsto mais 500 milhões de euros” e, questionado sobre se será necessário um montante superior, assume que “isso está em análise. Admito que o valor possa ter de ser reponderado porque neste momento a pandemia está a ter um impacto muito mais forte” que o anteriormente previsto.

Neste mês de fevereiro, a TAP suspendeu 93% das suas operações devido às limitações e restrições de voos devido à pandemia.

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