Jorge Rito quer estar no Mundial com Cabo Verde mas falta “definir pormenores”

Há vontade do treinador e da Federação Caboverdiana de Andebol, mas ainda não é certo que Jorge Rito continue como selecionador do país lusófono. O cenário foi descrito pelo técnico de 61 anos em entrevista no programa RUM(O) Desportivo.

Depois de assumir o cargo em outubro, ficou em quarto lugar na Taça das Nações Africanas, no Egito, realizada em janeiro, e, consecutivamente, apurou-se para o campeonato do mundo. O contrato terminou oficialmente no dia 31 desse mês. 

De acordo com Jorge Rito, os dirigentes da federação já manifestaram interesse em que “a equipa técnica fosse responsável pela organização e pela planificação de todo o trabalho, tendo em vista a participação no mundial”, que se realiza na Croácia, Dinamarca e Noruega, em 2025. Contudo, da sua parte, é “uma situação a ponderar”, visto que “ainda falta definir pormenores da ligação e da continuidade da parceria”.

Após a prova continental, o selecionador elaborou um relatório técnico onde deu conta das “preocupações relativamente àquilo que achava que deveria ser uma preparação mais profissional” e aguarda agora uma resposta. Entre as sugestões está a realização de estágios e de torneios internacionais, lembrando que ainda não foi a Cabo Verde desde que assumiu o cargo e que só esteve três semanas com os jogadores para preparar a Taça das Nações Africanas.

Jorge Rito acredita que é possível fazer “coisas boas” com a seleção e, nesse sentido, aponta também à “melhoria do nível de organização da equipa e da maturidade de jogo”. “Já que conseguimos o apuramento para o campeonato do mundo, gostaria de estar presente. Seria a minha primeira presença, algo inesquecível, e uma oportunidade que gostaria de aproveitar”, confessa.

Jorge Rito “sente falta” de treinar um clube

Antes de abraçar o projeto de Cabo Verde, Jorge Rito não treinava desde 2021/2022, quando foi despedido do ABC/UMinho. Aos 61 anos, o treinador não descarta a hipótese de voltar a orientar um clube, confessando que “sente falta da competição”. 

“Regressar a um clube não é algo que coloque completamente de lado neste momento”, refere, mas ainda “não surgiu uma proposta suficientemente tentadora”. O treinador já recebeu “algumas abordagens” de Portugal e do estrangeiro.

Além da ligação a Cabo Verde, Jorge Rito dá aulas de educação física na Escola Secundária de Maximinos, além de ser responsável pelo Desporto Escolar no estabelecimento de ensino bracarense.