Jovens de Braga apelam por mudança social e política face à crise climática

O movimento ‘Fridays For Future’ convocou uma nova greve climática estudantil, para esta sexta-feira, e Braga foi uma das cidades portuguesas a aderir aos protestos. Cerca de dez jovens bracarenses marcaram presença no Largo Barão de São Martinho, em pleno centro histórico, para pintar um mural, com mensagens de apelo à sociedade para comportamentos mais sustentáveis.

João Portela, membro do núcleo de Braga, referiu a importância de sensibilizar pessoas e políticos para as questões ambientais. “É importante os cidadãos terem consciência do que está a acontecer à nossa volta, ao nosso planeta. É preciso refletir e lutar por um planeta melhor, por uma mudança social e política”, garantiu.

Questionado sobre a concretização dos objetivos sustentáveis, João Portela confessa que há possibilidade não serem cumpridos. A mobilização política, a mudança do sistema e o investimento em energias renováveis são alguns dos pontos que têm pouca adesão, mas que são essenciais para o combate às alterações climáticas.

Segundo o jovem, o núcleo de Braga esteve inativo durante algum tempo, mas está agora a ganhar força, de modo a partilhar as suas mensagens de sensibilização para que cada vez mais pessoas estejam informadas e consciencializadas sobre o tema. As escolas são mencionadas por João Portela como um local fundamental para desmistificar as ideias negativas sobre os movimentos ambientalistas.

João Portela refere que a mudança dos seus comportamentos começou pelas pequenas coisas. “Comecei por sensibilizar a minha família para uma mudança alimentar. No local onde vivo, não há uma boa rede de transportes públicos, então tivemos de gerir as boleias para a escola, de modo a usar menos o carro. Passamos a usar roupa e calçados mais sustentáveis e alteramos a pasta dos dentes. É pensar nas coisas pequenas e no impacto que podem ter no dia a dia”, disse.

A cidade de Braga foi uma das nove cidades portuguesas que aderiu à greve climática estudantil desta sexta-feira, que contou com cerca de 1.500 ações em todo o mundo. Em Portugal, Alcácer do Sal, Algarve, Caldas da Rainha, Guimarães, Lisboa, Leiria, Porto e Santarém foram outras das localidades que participaram neste movimento, cujo o objetivo é impulsionar os cidadãos para as mudanças social e política das causas ambientais.

A última greve do clima ocorreu em setembro e no início de novembro há uma nova iniciativa agendada.

*Por Ana Sofia Leite

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