Junta de S. Victor há 16 anos a promover o património junto dos mais novos

Arrancou esta segunda-feira, no Parque de lazer de Guadalupe, em Braga, a 16ª edição de “O Nosso Património”, iniciativa promovida pela Junta de freguesia de São Victor e pela Jovemcoop, associação jovem de Braga, e que tem o objectivo de promover – este ano junto de 15 jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos – a importância do património cultural da freguesia e de alguns monumentos da cidade.
“Aquilo que desenhamos nesta actividade foi, num período de férias, poder ter um grupo de jovens e fazer com que eles se tornassem nos primeiros agentes do património, na ajuda à protecção dos nossos monumentos”, explicou esta manhã, em declarações à RUM, Ricardo Silva, presidente da Junta de São Victor, no arranque da iniciativa.
Nas próximas duas semanas, os 15 jovens vão conhecer, através de visitas guiadas e actividades lúdicas, monumentos como a Capela de Guadalupe, a Igreja da Senhora-a-Branca, as Sete Fontes, ou a Fábrica Confiança. O roteiro de actividades está a cargo de monitores da Jovemcoop, que, além das visitas guiadas, criaram peddy-papers para tornar “a iniciativa mais divertida”, revelou Margarida Pereira, coordenadora-geral da Jovemcoop.
A responsável adiantou que, ao longo dos 16 anos, houve adaptações à iniciativa “por causa da era digital”. “Queremos consciencializar mas sabemos que os jovens estão de férias e a vontade é a de fazer algo mais leve, que não seja um castigo para eles”, lembrou.
Margarida Pereira é hoje uma das responsáveis pela iniciativa mas, há 16 anos, marcou presença na primeira edição de “O Nosso Património” e para o presidente da Junta de freguesia, Ricardo Silva, esse efeito de continuidade é sinónimo do sucesso da iniciativa.
“A fórmula teve sucesso porque hoje temos gente – como é o caso da Margarida – muito mais consciente da valorização do património, da história da freguesia e, acima de tudo, conhecedor daquilo que deve ser importante nos monumentos. Hoje, para muitos dos que participaram, é fácil dizer que aqui na Capela de Guadalupe há um altar do André Soares ou que a Igreja de S. Victor foi construída em 1686 e são esses pormenores que os fazem ser agentes do património”, enfatizou.
