Juntos por Guimarães apostada em fixar população e impulsionar o desenvolvimento económico

A Coligação Juntos por Guimarães quer isentar os jovens até aos 35 anos, que adquiram a primeira habitação no concelho, de IMT – Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis. Esta é uma das propostas de Bruno Fernandes para fixar, principalmente, população jovem no concelho, visto que nos últimos 11 anos, segundo os últimos censos, a cidade berço perdeu 1.200 pessoas.
Em entrevista à Universitária, o candidato de direita garante que caso seja eleito irá criar parcerias público-privadas com o intuito de regular os preços da habitação no concelho. Bruno Fernandes pretende adquirir imóveis que depois poderão ser colocados no mercado quer para venda quer para arrendamento a preços justos e controlados. Estas são medidas que irão beneficiar jovens e casais com um salário médio, que em Guimarães é inferior à média nacional. Haverá também um enquadramento legal para fixar o lucro do privado neste processo.
A isenção ou redução de taxas e licenças municipais para a construção de habitação própria permanente de jovens e jovens casais é outras das medidas previstas no programa eleitoral da Coligação Juntos por Guimarães. Bruno Fernandes refere que se trata de “abdicar de receita (câmara municipal) para devolver ao cidadão”.
A Coligação propõe também o incentivo à requalificação urbana de edifícios, que será preferencialmente feita por privados, sendo que estas habitações estariam destinadas ao arrendamento jovem.
Lista de espera para berçários e creches é superior ao número de vagas.
Este é outro dos problemas que, de acordo com Bruno Fernandes, tem afastado os vimaranenses do Município. “Este é um drama para os jovens casais que não têm onde deixar os seus filhos dos 5 meses aos 3 anos”, alerta.
Para o social democrata a solução para este flagelo tem de ser encontrada em conjunto com as IPSS e Juntas de Freguesias do Município. “A autarquia detém edifícios devolutos, antigas escolas, muitas delas recentes que estão preparadas para dar esta resposta”, defende. Alargar o horário de funcionamento e apoio prestado ao sábado nestas estruturas é outra das propostas que estão inseridas no programa eleitoral da coligação Juntos por Guimarães.
Juntos por Guimarães quer implementar um Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico do concelho.
A Universidade do Minho será um parceiro fulcral neste processo, em que o candidato de direita quer aproximar a academia das empresas, potenciando a incorporação do conhecimento no tecido empresarial, e contribuindo para a fixação/ captação de recursos humanos qualificados.
Para o candidato Bruno Fernandes, Guimarães não está a ter “capacidade de atrair e fixar o talento que sai da universidade, não só os vimaranenses, mas também aqueles que vêm de fora”.
Abolição da taxa turística, apostar no turismo de proximidade e diversificar os roteiros pelo património cultural, histórico e natural do concelho são outras das prioridades.
Para a microeconomia, está prevista a eliminação da derrama, atualmente de 1%, para volumes de negócios inferiores a 250 mil euros, devolução de 2 pontos percentuais do IRS no prazo de um mandato, entre outros. “Vamos estar ao lado das pequenas empresas, incentivar ao turismo e rapidamente implementar uma estratégia que valorize o turismo de proximidade”.
A Coligação tem prevista a criação de três novos Parques Empresariais e Centros de Negócios, junto aos acessos à autoestrada, mais concretamente, nas freguesias de Serzedelo, Urgezes e Brito/Sande.
No desporto, o plano está sobretudo direcionado para as associações desportivas que, devido á pandemia de covid-19, têm vindo a ultrapassar dificuldades. A Coligação propõe que o Município suporte as despesas da formação desportiva dos jovens vimaranenses, mais concretamente a sua inscrições, seguro, exames médicos, etc.
Transporte público deve ser gratuito para estudantes e reformados.
Esta é a pretensão da Coligação Juntos por Guimarães. Em entrevista à RUM, Bruno Fernandes fala na necessidade de alargar a rede de transportes públicos no concelho, assim como os horários, para que este seja mais atrativo aos olhos dos vimaranenses. Para que Guimarães seja uma cidade mais amiga do ambiente, visto que tem como meta ser Capital Europeia Verde, é essencial quebrar com a rotina do uso do automóvel privado, ou seja, deve ser feita quase que uma reeducação para o uso do transporte coletivo.
“O executivo não se pode demitir de regular os transportes públicos”, afirma. Na ótica do candidato social democrata não basta fazer uma concessão, tem de participar nela.
Recentemente, o atual executivo assinou um novo contrato de concessão, no valor de 15 milhões de euros, com a empresa Vale do Ave Transportes que prevê a introdução de 22 autocarros elétricos e conta com cerca de 75 autocarros. O contrato entrará em vigor no início de 2022.
