Famalicão terá “uma das maiores escolas de arte e música do país”

Vai nascer, nas antigas instalações da empresa Cegonheira, em Vila Nova Famalicão, aquela que poderá vir a ser uma das maiores escolas de música do país. Foi lançada, esta quinta-feira, a primeira pedra do Complexo Escolar da ARTAVE – Escola Profissional Artística do Vale do Ave e do Centro de Cultura Musical.
A empreitada custará, no total, cerca de seis milhões de euros e estará dividida em duas fases. A primeira, orçada em três milhões, tem um prazo de execução de nove meses, sendo, por isso, expectável que o ano letivo 2022/2023 inicie já nas novas instalações.
A escola terá seis auditórios, com 500, 200 e 120 lugares, 63 salas de ensino, biblioteca e zonas administrativas. Na sessão de assinatura do protocolo de colaboração, esta quinta-feira, Pedro Ribeiro, da direção da ARTAVE, manifestou a intenção de tornar esta escola “numa das maiores escolas de arte e música do país”.
O diretor da ARTAVE, José Alexandre Reis, acredita que o complexo vai permitir atrair mais eventos culturais e educativos à cidade, considerando-o também “essencial e estruturante para o futuro da ARTAVE”.
“Vamos levar Famalicão ao mundo e trazer o mundo a Famalicão através da arte e da música”, acrescentou.
José Alexandre Reis espera que “Famalicão seja o centro deste tipo de eventos a nível mundial”.
A 2.ª fase, referente aos auditórios e ao espaço para as indústrias criativas, “vai demorar mais tempo”.
Os cerca de dois mil alunos que frequentam o ensino articulado poderão aumentar, com as novas instalações. A ARTAVE instalou-se em Famalicão em 1989, “dispondo, na altura, de cinco salas e meia dúzia de alunos”.
A autarquia famalicense doou as instalações e vai comparticipar a empreitada em “cerca de dois milhões de euros, distribuídos ao longo de vários anos”. O protocolo prevê que o complexo permita a interação com a sociedade e facilite a utilização dos seu diferentes espaços.
Paulo Cunha, presidente da Câmara, espera que a nova escola torne Famalicão num “concelho de referência ao nível musical”. O objetivo, lembrou o autarca, é “consolidar o projeto na cidade e fazer de Famalicão um verdadeiro centro de formação nas artes e na música”.
O presidente da Câmara explicou ainda a escolha da localização, considerando este complexo “mais um atributo a favor do projeto educativo que se cumpre na região”. “Fala-se, cada vez mais, do ensino articulado, que, além da dimensão convencional, envolve a música, o desporto, o teatro ou a dança. Se conseguirmos colocar todas estas dimensões num contexto de proximidade, estamos a ajudar as famílias”, acrescentou. As novas instalações ficarão situadas no núcleo escolar da cidade, junto ao Parque 1.º de Maio, zona que sofre uma intervenção viária. Por isso mesmo, alertou o autarca, “a circulação na zona terá de ser feita ao nível do transporte público, porque é isso que se está a promover”.
