Licenças de trabalho. CGTP avisa que “pequenas medidas” não são suficientes

A secretária-geral da CGTP considera que as propostas sugeridas pelo Governo no âmbito da conciliação entre trabalho e vida familiar não respondem às principais questões. À margem de uma acção de luta na empresa vimaranense Herdmar, esta quinta-feira, Isabel Camarinha comentou o estado de situação da concertação social sobre a matéria.
Na quarta-feira, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, apresentou aos parceiros sociais a possibilidade de passarem a existir licenças de trabalho parcial remuneradas para pais e mães de crianças no seu primeiro ano de vida.
Não negando a vantagem do que considera serem “pequenas medidas”, a secretária-geral avisa que “não respondem aquilo que são os reais problemas”. “Não pode haver conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar dos trabalhadores enquanto não houver regulação dos horários, redução para as 35 horas, efectivo combate à precariedade de vínculos laborais e salários que respondam às suas necessidades”, explica.
Isabel Camarinha questiona ainda “como se pode falar de conciliação se os trabalhadores têm horários por turnos, horários diversificados e horários alterados sem aviso prévio, não podendo depois conciliar isso com aquilo que é o acompanhamento à família”.
