Lídia Dias abandona executivo. Francisco Mota sobe a 13 de setembro sem pelouros

(Em atualização)
A vereadora da Cultura e Educação na Câmara Municipal de Braga (CMB), Lídia Dias, abandonou ontem as suas funções depois de oito anos no executivo municipal liderado pela coligação Juntos por Braga. Já era sabido que Lídia Dias não integraria a lista da coligação de direita às eleições autárquicas de 26 de setembro. Agora, com o regresso da centrista à sua atividade profissional, sobe Francisco Mota ao cargo de vereador, ainda que sem qualquer pelouro atribuído.
O presidente do executivo, Ricardo Rio, confirmou esta quarta-feira à RUM que o pelouro da Educação será da responsabilidade de Sameiro Araújo e o pelouro da Cultura será da sua própria responsabilidade ao longo das próximas semanas.
Em declarações à Universitária, Ricardo Rio começou por saudar o trabalho de Lídia Dias que deixou “a cultura e a educação muito melhor do que há oito anos atrás”.
“A área cultural viveu uma enormíssima dinamização, o espírito de abertura e de colaboração com os agentes culturais produziram frutos”, reconheceu. Já na Educação, um setor “onde nunca estão satisfeitas todas as necessidades, a verdade é que foi feito um trabalho muito intenso, não só do ponto de vista daquilo que é o investimento físico, mas também do ponto de vista pedagógico, do planeamento e da colaboração”, disse. “Esse mérito é assacado, em parte, à própria vereadora Lídia Dias”, notou.
Sobre a subsituição obrigatória de Lídia Dias por Francisco Mota, Ricardo Rio referiu apenas que “o novo vereador, quando assumir funções no dia 13, será um vereador sem pasta”.
É pública a rutura entre Francisco Mota e a maioria da coligação Juntos por Braga, primeiro em colisão com Altino Bessa e depois em colisão com o presidente Ricardo Rio.
Aos microfones da RUM, Francisco Mota, que também já não assume qualquer função na direção nacional do CDS-PP, admitiu que não estão reunidas condições por nenhuma das partes para assumir qualquer pelouro, o que não invalida o seu trabalho durante as próximas semanas.
Promete uma postura “construtiva, ao serviço da cidade e dos bracarenses” e “um olhar atento e de fiscalização da atividade do executivo municipal”. Com críticas àqueles que “traíram as suas convicções e a sua lealdade”, Mota sustenta que estará atento sem qualquer problema de “intervir” se necessário for.
