Linda Martini de regresso ao gnration para apresentar o ‘Passa-Montanhas’

Passados oito anos do último concerto no gnration, os Linda Martini voltam, esta sexta-feira, às 21h30, ao espaço bracarense para apresentar o novo álbum, o ‘Passa-Montanha’. Depois da passagem bastante elogiada pelo Paredes de Coura, onde receberam o título de ‘instituição do rock nacional’, a banda sintrense volta ao Minho para apresentar, ao vivo, o sétimo álbum, num momento de reflexão e retorno às origens.
Ainda que, hoje em dia, pareça que a indústria “goste de mastigar mais depressa os discos”, este não é o caso do novo álbum dos Linda Martini, o ‘Passa-Montanhas’, que apesar de já estar a completar quase um ano de tour, por palcos nacionais e internacionais, ainda “continua quente e vivo”, diz André Henriques, guitarrista da banda.
O facto do álbum ter sido apresentado já várias vezes dá a impressão de que “está um bocadinho distante”, mas a verdade é que, além do regresso ao gnration, marcado para esta sexta-feira, 10 de outubro, o grupo está de viagem marcada para o Brasil e há, ainda, “uma série de novidades para apresentar”.
O momento, agora, 20 anos depois da criação da banda, é de reflexão e de retorno às origens. Para o baterista Hélio Morais, “é óbvio o peso da idade” do grupo, tanto no panorama musical nacional como na renovação dos fãs, e daí surge a ideia de assinalar esta marca “porque de facto não são todas as bandas que, com mais turras ou menos turras, chegam a esta bonita idade”. “Acabou por ser, de alguma forma, um gesto de celebração, de congregar aqui as pessoas que nos têm seguido”, acrescenta.
O ‘Passa-Montanhas’ é um disco que “olha para dentro, mas ao mesmo tempo não deixa de observar o mundo e o que está à nossa volta”. Além de ser o primeiro trabalho com colaboração fixa do guitarrista Rui Carvalho, o grupo está atento e “alinhado em questões políticas e humanitárias”, o que se reflete “inevitavelmente” no conteúdo das letras.
“Claro que a situação atual, seja ela a ascensão da extrema-direita, seja ela o genocídio que está a acontecer na Palestina, acabam por ser assuntos muito presentes nas nossas conversas. Nós somos permeáveis ao que acontece no mundo e isso acaba por se refletir bastante também quando o André chega à parte das letras“, remata.
