Lista A aponta Maria Clara Calheiros ou Helena Sousa para perfil indicado à liderança da reitoria da UMinho

A lista A, candidata à eleição de representantes de docentes e investigadores da UMinho ao Conselho Geral da UMinho, apoiaria Helena Sousa ou Maria Clara Calheiros na posterior eleição para o cargo de reitor.
A referida lista assume-se como uma “alternativa” identificando “vários problemas na academia que precisam de respostas e pessoas diferentes e não de quem há tantos anos tem responsabilidades na reitoria e é apoiada no CG pela maioria que é espelhada pela lista B”.
Tiago Miranda, porta-voz da candidatura assume em declarações à RUM que o perfil está traçado, ainda que nesta fase essa não seja a preocupação central da lista.
“Consideramos que esta eleição tem de ser dignificada, não está em sufrágio nenhum nome e a eleição deve focar fundamentalmente nos problemas da universidade, no sufrágio e na avaliação do que foram os últimos anos de governação e a projeção do futuro e as soluções que temos que encontrar rapidamente”, começa por explicar o docente. Ainda assim, reconhece “algum anseio” das pessoas em perceberem o perfil de quem a lista poderia eventualmente apoiar para o cargo.
Aí, confirma à RUM que a lista A identifica Helena Sousa e Maria Clara Calheiros “como pessoas que têm o perfil e que corporizam a mudança” que se exige. Além disso, a mesma lista pretende “dar um sinal à academia de incentivo a uma maior participação das mulheres nos órgãos de gestão”. “Temos uma participação abaixo do que seria expectável”, aponta.
Tiago Miranda, que tem protagonizado esta candidatura alternativa, assegura que o compromisso é que todas as candidaturas serão analisadas, e que a sua lista, caso alcance a maioria no Conselho Geral, apoiará “quem apresentar o perfil, mas também o projeto que melhor serve os interesses da universidade”.
Neste último dia de campanha, a lista A está “muito otimista”. Tiago Miranda refere que a mensagem “passou e sente-se na academia uma necessidade muito forte de mudar as coisas”.
“Os problemas que nos afetam arrastam-se há muito tempo e a atual equipa reitoral e a lista B, que a apoiou em maioria, tiveram 2/3 dos lugares no CG para docentes e investigadores, e serviram nesse mandato quase apenas como caixa de ressonância das propostas do reitor”, argumenta.
Confiante “numa votação muitíssimo significativa”, o porta-voz da lista A afirma que “os colegas perceberam que não é com as mesmas pessoas, não é com as mesmas atitudes que se conseguirá projetar a universidade no futuro”.
Ainda neste último dia de campanha, as duas candidaturas vão debater pela única vez. A discussão de ideias pode ser acompanhada na página de Youtube do Conselho Geral da UMinho.
