“Luta persistente e determinada ao longo de um ano merece a condecoração”

O Presidente da República acredita que a guerra na Ucrânia está para durar e tenciona entregar a condecoração com a ordem da liberdade a Zelensky pessoalmente, numa ida a Kiev.

A entrega da insígnia ao presidente ucraniano já gerou críticas ao chefe de Estado português.

Esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que tenciona “entregar a condecoração”, admitindo que “há quem concorde e quem discorde”. “Na lista de todos os que foram condecorados por todos os presidentes há um ponto comum: há um momento na vida em que tiveram um facto fundamental para a defesa da liberdade”, começou por evidenciar.

O chefe de Estado diz que não interessa “discutir o que Zelensky foi antes de ser presidente ou como governou”, porque “há quem goste e há quem não goste”. “É um facto que há um ano que ele luta pela liberdade do seu povo. Se há razões estratégicas ou outras? Certamente que há, mas que ele luta pela liberdade, luta”, justificou.

Para Marcelo, “essa luta persistente e determinada ao longo de um ano, tal como outros gestos pela defesa da liberdade, merece a condecoração”.

O Presidente espera, com a entrada em cena de uma nova embaixadora ucraniana em Portugal, poder programar uma visita ao país, assim que for oportuno. O momento servirá para entregar em mãos a condecoração ao presidente ucraniano.

A dois dias de se completar um ano desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que ambos os países “vão jogar tudo nos próximos meses, que vão ser longos e muito importantes”.  O Presidente da República antecipou que os próximos meses vão ser “um período decisivo” para a guerra na Ucrânia, com os dois intervenientes a procurarem chegar ao outono numa posição de força. “Aquilo que se vai passar é saber se a Ucrânia consegue – como vai tentar, com todos os meios – recuperar aquilo que perdeu a partir da invasão há um ano, e a Federação Russa manter aquilo que ocupou ao longo do último ano”, previu.


O Presidente da República reforçou que os próximos meses vão ser “decisivos”, salientando que tanto a Rússia como a Ucrânia querem chegar ao momento, no “fim do verão, outono”, de “medir as posições no terreno e ver se está ou mais forte ou se está mais fraca” e perceber “qual é o espaço que tem para uma guerra mais longa ou se está já em condições de poder aceitar um caminho para a paz”.

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
UMinho I&D
NO AR UMinho I&D A seguir: Livros com RUM às 21:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv