Mais de metade do percurso da Ecovia do Ave será novo

Aproximar os cidadãos das margens do rio. É este um dos principais objetivos do traçado da Ecovia do Ave, cujo projeto foi apresentado esta terça-feira pelo Laboratório da Paisagem e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O percurso terá um total de 34 quilómetros de extensão, 29 em Guimarães, ligando o concelho de uma ponta à outra, de Serzedelo até Arosa e Castelões, e os restantes na Póvoa de Lanhoso. Quase 90% do trajeto estará localizado em galerias ripícolas, ou seja, formações de espécies vegetais autóctones nas zonas de transição entre ecossistemas aquáticos e terrestres, 11% será abrangido por parques de lazer e 14% por estradas.
Por outro lado, 57% do trajeto será novo e 47% ficará situado em terrenos agrícolas. A arquiteta paisagista responsável pelo projeto explica que este ponto é importante para “perceber com quantos privados é necessário falar” para se chegar a acordo para os trabalhos propostos.
Sara Terroso esclarece que serão precisos vários tipos de intervenção, desde limpezas e desmatagens de vegetação invasora e infestante até empreitadas de construção civil, passando pela pavimentação de trilhos pedonais.
Este projecto tem como objetivos, entre outros, valorizar o património natural, cultural e histórico, aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade da região e criar pontos de interesse ao longo do percurso, promovendo a contemplação da fauna e flora local.
Na prossecução dessas metas, o presidente da Câmara Municipal destaca “o trabalho fantástico de recuperação” que se avizinha, enaltecendo ainda “a integração de edificado patrimonial abandonando, como moinhos ou açudes”, neste dossiê. “A cidade tem estado afastada do rio. Agora a cidade vai abraçar o rio, que atravessa todas estas freguesias”, acrescenta Domingos Bragança.
