Marcelo será “o Presidente de todos” e terá como principal objetivo o combate à pandemia

O mapa do país pintou-se a uma só cor. Marcelo Rebelo de Sousa venceu em todos os concelhos, algo inédito nas presidenciais. Marcelo supera, assim, o resultado de Mário Soares em 1991, ano em que o recandidato apenas não conseguiu vencer em nove concelhos, perdendo para Carlos Carvalhas, apoiado pelo PCP. 


Reeleito com 60.7% dos votos, Marcelo Rebelo de Sousa apontou como objetivo principal deste segundo mandanto o combate à pandemia.  “Se durar mais e for mais profunda, tudo o resto correrá pior, será mais difícil e durará mais”, alertou.


Os portugueses ​”não querem uma pandemia infindável, uma crise económica sem termo à vista, um empobrecimento agravado, um recuo na comparação com outras sociedades europeias, um sistema político lento a perceber a mudança, uma radicalização e um extremismo nas pessoas, nas atitudes, na vida social e política.

Querem uma pandemia dominada o mais rápido possível, uma recuperação de emprego, rendimentos, crescimento, investimento, exportações e mercado interno. Uma perspetiva de futuro efetivo para micro, pequenas e médias empresas. Uma presidência portuguesa da UE fortalecendo o papel de Portugal na Europa e no mundo, a começar no universo da lusofonia, fundos europeus bem geridos, em transparência e eficácia, uma reconstrução que vá para além da mera recuperação, na qualificação, no clima e ambiente, no digital, mas também na demais economia, na justiça, na luta contra a corrupção, na reforma do Estado, na defesa e na segurança”, exigiu o Presidente.

“Confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco”

O Presidente da República começou o seu discurso, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, por agradecer a todos os que não permitiram que a “democracia fosse vencida pela pandemia”.


“Profundamente honrado e agradecido” pelo voto de confiança dos portugueses numa altura “em que as condições são mais difíceis do que em 2016”. “Exercido o voto, o Presidente é só um e representa todo o Portugal”, afirmou. 


Marcelo diz-se “consciente de que a confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco”, afirmando que o país quer “um presidente de todos e decada um, próximo, que estabilize, que una, que não seja de uns, os bons contra os outros, os maus. Que não seja um Presidente de facção. Um Presidente que respeite o pluralismo e a diferença, que nunca desista da justiça social”, disse.



Presidente da República abre a porta a uma revisão constitucional 


O atual Chefe de Estado garantiu ainda que reteve duas mensagens deste resultado: “Os portugueses querem mais e melhor. Querem mais e melhor em proximidade, em convergência, em estabilidade, em construção de pontes, em exigência, em justiça social e de modo mais urgente em gestão de pandemia”, explica.

Por outro lado, Marcelo pede a tão desejada reforça constitucional. “Tudo fazer para persuadir quem pode elaborar leis a ponderar a revisão antes de novas eleições, daquilo que se concluiu dever ser revisto, para ajustar a situações como a vivida e, mais em geral, para ultrapassar objeções ao voto postal ou por correspondência, objeções essas que tanto penalizaram os votantes, em especial, os nossos compatriotas espalhados pelo mundo”, sublinhou.

O presidente foi reeleito com mais de dois milhões e meio de votos, mais 100 mil do que há cinco anos.

A taxa de abstenção fixou-se nos 60,51%, um valor recorde.

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