Marco Mendonça abre Festivais Gil Vicente com Blackface

Arranca esta quinta-feira mais uma edição dos Festivais Gil Vicente, com o encenador Marco Mendonça em palco para apresentar o espetáculo a solo “Blackface”.

Trata-se de “uma conferência musical, entre o stand up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental”, lê-se na apresentação do espetáculo. 

Em cena, Marco Mendonça explora a performatividade e a história do blackface, como prática teatral racista – desde as suas raízes nos EUA aos casos portugueses –, procurando os limites do que pode, ou não, ser representado num palco.

O artista nasceu em Moçambique em 1995. É licenciado em Teatro pela ESTC. Participou em criações dos Possessos, estagiou no TNDMII, integrou obras de Gary Hill, Tonan Quito, Mala Voadora, Kassys, Artistas Unidos, Ricardo Neves-Neves e Foguetes Maravilha, entre outros. Com João Pedro Leal e Eduardo Molina, criou em 2019 Parlamento Elefante, projeto vencedor da primeira edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. A sua segunda cocriação, Cordyceps (2021), venceu a Rede 5 Sentidos. Integra o elenco de Catarina e a beleza de matar fascistas, de Tiago Rodrigues, em digressão nacional e internacional.

Sexta-feira, à mesma hora e no mesmo local, a proposta é uma estreia: ‘Popular’, de Sara Inês Gigante. Nesta primeira semana, o evento termina com “Vi o Ayrton Senna morrer nos olhos do meu irmão”, de Bruno dos Reis.

Os festivais Gil Vicente regressam depois, na quinta-feira, 13 de junho, também às 21h30, mas no Espaço Oficina

com o espetáculo Ensaio Técnico, Mickaël de Oliveira, seguindo-se uma conversa com os artistas.

Na noite de 14 de junho, o CCVF volta a ser palco de mais uma estreia com ‘Volta para a tua Terra’, de Keli Freitas.

O sábado termina com um espetáculo da autoria de Mário Coelho, “I’m still excited!”.

Os Festivais Gil Vicente são uma organização conjunta d’A Oficina, do Município de Guimarães e do CAR – Círculo de Arte e Recreio.