Maria Ondina Braga será a primeira guia turística do Bragalit

Dar a conhecer o património material e imaterial da cidade dos arcebispos é o grande objectivo do projecto Bragalit- Mapa Literário da Cidade de Braga. A iniciativa vai disponibilizar 10 percursos inspirados em obras de 10 autores que escreveram sobre a cidade bimilenar. A partir desta quinta-feira será possível percorrer as ruas pelo olhar de Maria Ondina Braga. Um percurso que irá levar os bracarenses e turistas a visitar o centro da cidade dos arcebispos e o Bom Jesus, passando ainda por Maximinos. 

Marc Rodrigues, autor do projecto que nasceu da sua dissertação de mestrado em Português Língua Não Materna, na UMinho, elenca que estes mapas literários vão contar com “uma descrição do autor, excertos das obras seleccionadas que fazem parte da colecção “Braga Cidade Bimilenar”, da Fundação Bracara Augusta, e uma leitura áudio gravada do excerto em questão”. 

O Bragalit faz referência a mais de 150 monumentos, espaços públicos e comerciais da cidade de Braga. De frisar que todas as obras escolhidas para integrar este mapa literário estão “esgotadas”, por isso só será possível consultar as mesmas em bibliotecas. 

A ideia inicial do projecto passava por criar um mapa físico, mas rapidamente passou do papel para o formato digital. Para o estudante da academia minhota, esta iniciativa permite “ver a literatura no espaço” e, sobretudo, fomentar o interesse dos utilizadores em “explorar a literatura sobre Braga”. 


No caso de Maria Ondina Braga, a mesma descreve o espírito da Semana Santa. Bem diferente dos dias de hoje, sem alegria e com muitas restrições ao comércio. Já Antero de Figueiredo fala sobre a procissão dos fogaréus. 


Alexandre Herculano, Altino do Tojal, Antero de Figueiredo, Camilo Castelo Branco, José Manuel Mendes, Luís Forjaz Trigueiros, Luiz Pacheco, Manuel Teixeira-Gomes e Ramalho Ortigão são os nomes que derão origem aos seguintes itinerários. 

Todos os mapas estarão disponíveis no site da Fundação Bracara Agusta a 17 de Setembro. 

Para a professora do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho e vogal do conselho de administração da Fundação Bracara Augusta, Micaela Ramon, esta é uma possibilidade dos turistas e bracarenses redescobrirem a cidade dos arcebispos. No fundo trata-se de “dar mais motivos para voltar a Braga”. 

Para o futuro está previsto, em parceria com a Câmara Municipal de Braga, a colocação de QR Codes nos monumentos e ruas, de modo a que os turistas e curiosos interajam com o mapa da Bragalit.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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