Maternidade de Famalicão não vai fechar mas tem que fazer obras

A maternidade de Vila Nova de Famalicão não vai encerrar, mas terá que implementar um conjunto de melhorias até ao final deste ano. A informação é avançada pelo Jornal de Notícia, esta sexta-feira. Também a maternidade da Póvoa de Varzim vai manter as portas abertas. No entanto, as unidades hospitalares vão ter que fazer obras nos serviços, reforçar o número de profissionais e investir na diferenciação em neonatologia durante este ano.
Dentro de um ano, em janeiro de 2024, as condições destas maternidades serão reavaliadas, para garantir que os problemas identificados foram resolvidos. Recorde-se que estas eram duas das maternidades cujo encerramento foi proposto num relatório técnico entregue ao Ministério da Saúde. Segundo o jornal, que teve acesso à deliberação sobre as maternidades, o encerramento das outras quatro maternidades identificadas no relatório – duas no Centro e duas em Lisboa e Vale do Tejo – ainda está a ser avaliado.
A decisão foi tomada ontem e o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, disse ao JN que a decisão “de manter a sua atividade ininterrupta em termos de serviço de urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos” está relacionada com “as condições de qualidade e segurança demonstradas, garantindo proximidade e prontidão da resposta”. Além disso, o CEO do SNS realçou o “enorme espírito de missão dos profissionais, elevado empenho das instituições, equipas altamente motivadas, elevada satisfação das utentes e apoio da sociedade civil e das autarquias”.
Na deliberação, é destacada a atratividade daquelas maternidades que, em 2022, “superaram as melhores expectativas”, em número de partos. Na maternidade da Póvoa de Varzim cerca de 50% das grávidas são de concelhos de todo o país e fizeram-se 1368 partos, enquanto na de Famalicão, 20% das grávidas são de fora da área de influência e realizaram-se 1175 partos.
Ao JN, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, que integra o Hospital de Famalicão, António Barbosa, disse ter recebido a notícia com “enorme satisfação” e assegura que estão a ser preparadas candidaturas à linha de financiamento de 10 milhões de euros que abriu esta semana para a requalificação de maternidades em 2023.
c/JN
