Medidas são “despropositadas, alarmantes e discriminatórias”

Despropositadas, discriminatórias e alarmantes. Estas foram as palavras utilizadas pelo Director-Geral da Associação Comercial de Braga (ACB) para descrever as medidas que serão implementadas nos próximos dois fins-de-semana devido à implementação do Estado de Emergência Nacional.


Rui Marques refere que estas normas vão agravar significativamente as perdas do comércio e da restauração que desde Março têm vindo a ser dos sectores mais afectados pela pandemia de Covid-19. Além disso, estas medidas “geram um sentimento de pânico na população”, o que resulta num afastamento do comércio de rua e dos restaurantes. 


Para a ACB, o Governo terá de “clarificar” o facto destas pequenas e médias empresas encerrarem a partir das 13 horas, quando os hiper e super mercados vão continuar a operar nos próximos dois fins-de-semana. “Aqui as pessoas podem comprar refeições em take-away, situação vedada aos restaurantes, assim como outro género de produtos como jornais e acessórios de moda”, situação que acaba por privilegiar uns em detrimento de outros empresários. 


Esta segunda-feira, 9 de Novembro, a ACB endereçou uma proposta com o intuito de alterar o funcionamento da restauração das 22h30 para as 23h00 quer durante a semana como nos próximos dois fins-de-semana, visto que está provado, de acordo com os dados divulgados pelo executivo central, que não é no sector da restauração e comércio que ocorrem as maiores taxas de contágio. Estas são observadas em ambiente familiar e laboral.  


Recorde-se que Braga é um dos 121 concelhos com maior risco de transmissão da Covid-19.


Neste momento ainda não são conhecidos os resultados da actividade de comércio e restauração referentes ao mês de Outubro, mas a ACB prevê que a situação seja igual à registada na primeira vaga da pandemia de Covid-19. Recorde-se que em Abril, segundo o inquérito realizado pela ACB, os associados registaram quebras superiores a 60%. Situação que põe em causa a “sustentabilidade de uma parte muito significativa dos pequenos negócios que estão já sobreendividados e necessitam de ajudas urgentes”, alerta Rui Marques. 


Caso o Governo não tome medidas mais focadas nas empresas, o final de 2020 início de 2021 pode ficar marcado pelo encerramento de várias empresas, o que se irá traduzir no aumento do desemprego. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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