Membro da Comissão Eleitoral demite-se e acusa órgão de violar estatutos

Nuno Carvalho demitiu-se da Comissão Eleitoral (CE) responsável pelo sufrágio relativo aos órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho. A saída foi transmitida esta segunda-feira às listas candidatas e à CE, um dia antes do sufrágio.
De acordo com o comunicado a que a RUM teve acesso, o estudante acusa o órgão do qual fazia parte de ser “incapaz de agir em acordo com os estatutos, a lei e a Constituição” e de ações “repetidamente anti-estatutárias”.
“Não posso mais fazer parte de uma Comissão Eleitoral que está, desde o início, com um processo eleitoral manifestamente mal conduzido e muito errado. Recuso-me a compactuar com más condutas e erros insistentes”, acrescenta.
Nuno Carvalho argumenta que a CE está a “servir interesses pessoais”, a deturpar as atas das reuniões e que não soube “organizar debates bem informados para todos e justos para os concorrentes”. Critica ainda a utilização do e-VotUM, visto que, no seu entender, vai “contra o funcionamento do próprio Regimento Interno” do órgão.
“É incapaz de adotar uma metodologia de voto que evite a fraude e a coação e é incapaz de permitir o direito de voto aos eleitores elegíveis que queiram votar, mas que não querem consentir os seus dados pessoais, apenas por insistência”, refere.
Presidente da CE diz que diferendo já vem da última RGA
Contactado pela RUM, o estudante demissionário recusa fazer qualquer comentário adicional. Já o presidente da CE lamenta o timing da decisão, no dia anterior ao sufrágio – número de membros passa a ser seis -, o que torna a tarefa “bastante difícil em termos logísticos”.
Rafael Couto adianta que Nuno Carvalho tem “uma opinião contrária” à dos restantes elementos e que essa discordância já vem da última Reunião Geral de Alunos, quando houve a votação para o órgão. Ainda assim, assinala que está no seu “direito” e que é necessário “respeitar” a tomada de posição.
