“Menos de um palmo de água é suficiente para o afogamento de uma criança pequena”

A pediatra Lídia Leite alerta para os perigos de afogamento no período de verão. Trata-se da segunda causa de morte acidental de crianças em Portugal, a seguir aos desastres de viação.

No programa ‘A Saúde Tem Voz’ deste domingo, dedicado ao tema ’Crianças: a segurança não tira férias’, a médica do Hospital de Braga caraterizou a situação como “um acontecimento trágico, muito rápido e silencioso”. “Não é necessária uma grande quantidade de água. Menos de um palmo de água é suficiente para o afogamento de uma criança pequena”.

Lídia Leite explica que as piscinas são os planos de água em que existe um maior número de ocorrências, “sobretudo na primeira década de vida”. Já os afogamentos de crianças mais velhas verifica-se principalmente em praias, ribeiras e lagoas.


Apesar de os educadores, na generalidade, já estarem “alerta” para este flagelo, considera que há “muito a melhorar”. Do ponto de vista preventivo, a pediatra aconselha os cuidadores das crianças a realizarem formações em suporte básico de vida pediátrico. Por outro lado, salienta que “uma distração por breves segundos pode colocar em risco a vida da criança”.“Não devem haver supervisores no telemóvel ou noutros dispositivos eletrónicos”, exemplifica.

Outro dos problemas apontado pela médica do Hospital de Braga é a ausência de barreiras físicas à volta das piscinas existentes nos domicílios. Ao contrário do que acontece noutros países da Europa, lembra que “a implementação de medidas de proteção ao redor não é obrigatória”. 

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Tiago Barquinha
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