Mesmo no pico da pandemia, Pedriatria no Hospital de Braga manteve normal funcionamento

A atividade no serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Braga manteve o seu normal funcionamento, mesmo durante os piores períodos da pandemia da Covid-19, revelou ontem a diretora do serviço, Almerinda Barroso Pereira, durante o programa “A Saúde tem Voz”.
A especialista desvendou que mesmo “com uma redução muito grande de doentes na urgência pediátrica”, fruto do facto de a “doença não afetar tanto as crianças”, os 42 especialistas que compõem o serviço “não foram distribuídos” para outras áreas do hospital, tal como aconteceu noutras unidades hospitalares do país.
O serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Braga trata anualmente 62 mil crianças, entre consultas e urgências, sendo que as patologias mais frequentes são as infeções respiratórias e gastrointestinais. Durante a pandemia, o que mudou no serviço foi apenas a adaptação de “internamento, urgência, consulta e cuidados intermédios pediátricos” entre “circuitos para doentes Covid e não Covid”.
No programa, Almerinda Barroso Pereira, que está no Hospital de Braga há 20 anos, disse ainda que a área de influência direta do serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital é o concelho de Braga, mas que para o tratamento de especialidades e de doentes mais críticos o raio de ação estende-se a todo o Minho e Alto Minho.
Maior risco para as crianças no verão são os “atropelamentos e afogamentos”
A especialista aproveitou ainda a presença em “A Saúde tem Voz” para abordar o período de férias das crianças. A médica pediátrica sugeriu que as “rotinas devem ser quebradas” mas “sempre com orientação parental”.
“É errado que uma criança, por estar em férias, esteja o dia todo em frente ao computador, ao telemóvel ou ao Ipad… as rotinas devem alterar-se mas para um convívio familiar, nunca devendo ser perdida a autoridade dos pais”, assinalou a especialista, acrescentando que o regresso às aulas, sem controlo parental, pode ser mais complicado.
“Se houver um descontrolo total nas férias, se a criança puder fazer e comer o que lhe apetece, o regresso à escola e às regras será mais difícil”, alertou, sugerindo ainda a aposta nos campos de férias, visto que o período de férias das crianças é substancialmente maior que o dos pais.
Para não ser perder o convívio ao ar livre, “podem fazer-se atividades de grupo através de associações ou de campos de férias em que as crianças vivem as férias não isoladas em casa mas sim vivendo a natureza”.
Sobre os maiores riscos para as crianças durante o verão, Almerinda Barroso Pereira revela que é preciso estar atento aos acidentes como “afogamentos, atropelamentos e domésticos”.
