Ministro da Educação admite alargamento da proibição dos telemóveis nas escolas

O ministro da Educação admite alargar a proibição de telemóveis nas escolas no próximo ano letivo. A revelação foi feita por Fernando Alexandre durante a Web Summit, em Lisboa.
O governante considera que as novas regras que limitam a utilização de telemóveis em contexto escolar estão a ter bons resultados no sistema educativo. Em declarações citadas pela Rádio Renascença, Fernando Alexandre assegura mesmo que já há escolas “a proibir o uso destes dispositivos até ao 9.º ano” de escolaridade.
Desde o início deste ano letivo que é recomendada às escolas a proibição do uso de telemóveis com ligação à internet nas escolas aos alunos que frequentam até ao 6.º ano.
Questionado se, no próximo ano letivo, a proibição estará em vigor em todas as escolas, o ministro afirmou que serão estudados os resultados da medida aplicada este ano e que depois haverá uma decisão.
“Gostamos de basear as nossas políticas em estudos, vamos ver o que acontece”, declarou.
Estratégia de IA chega no próximo ano
Por outro lado, Fernando Alexandre fez saber também que está a ser preparada uma “estratégia para a inteligência artificial na educação”, que deverá ser apresentada no primeiro semestre do próximo ano.
“Temos de introduzir a inteligência artificial em todos os níveis de ensino, desde o ensino básico ao secundário e ao ensino superior. Será um instrumento que teremos de saber utilizar para tirar partido de todo o potencial e de todas as capacidades que a inteligência artificial oferece aos utilizadores”, defendeu o ministro da Educação.
Ainda assim, o governante lembra que, para que tal seja feito, será preciso “mudar muitas dimensões do sistema educativo” e contar com a renovação da classe docente para “tirar partido das novas tecnologias”.
“Teremos muitos professores a deixar o sistema, o que significa que teremos de contratar muitos novos professores. E, claro, isso será uma oportunidade”, referiu, sublinhando que, atualmente, 60% dos docentes têm mais de 50 anos.
SIC/RR
