Ministro deposita esperanças em camas do alojamento local

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior declara que actualmente existem mais 25 mil camas disponíveis para os estudantes das universidades portuguesas. Manuel Heitor falou aos microfones da RUM, à margem da cerimónia de entrega das Bolsas de Excelência da Universidade do Minho, esta segunda-feira.
Quando questionado sobre se a pandemia de Covid-19 vai ditar uma redução do número de camas, o ministro garante que tal não irá acontecer e o novo coronavírus não vai interferir nos objectivos do Governo de continuar a aumentar as camas para os estudantes do ensino superior.
Os dados avançados à Universitária são referentes ao Observatório do Alojamento Estudantil, uma ferramenta acessível para todos os alunos que identifica a disponibilidade e preço dos quartos simples e múltiplos em todas as cidades do país.
“A pandemia tem de pôr regras na disponibilização de quartos que não sejam duplos. Sabemos que temos muito mais oferta, segundo os dados do Observatório. Todos os dias aparecem mais camas e quartos que estavam dedicados ao alojamento local e que voltaram a estar disponíveis para os estudantes”, declara.
Para além deste sinal positivo, Manuel Heitor refere que também os preços mínimos estão a diminuir entre 5 a 25%. Contudo, será premente aguardar até Setembro para perceber qual o número real de camas e quartos disponíveis.
Reitor da UMinho espera que perdas no alojamento sejam “muito limitadas”
São tempos de incerteza para todas as instituições de ensino superior, em especial para a Universidade do Minho que apesar de ser das academias com mais camas disponíveis é também das universidades com o maior número de estudantes bolseiros.
Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, confessa que tem esperança que as “perdas sejam muito limitadas” face às medidas que estão a ser estudadas pela Direcção-Geral de Saúde e o ministério. “Se as medidas forem as já comunicadas, as perdas não serão significativas, o que nos deixa numa situação melhor”. No entanto, o responsável máximo pela academia minhota frisa que “independentemente de haver maior ou menor restrição o alojamento continua a ser um problema essencial”.
Segundo Rui Vieira de Castro estará fora de questão o “cenário mais negro” em que apenas seria possível receber um estudante por quarto. Nas próximas semanas são esperadas novidades sobre esta matéria. Normas que são aguardadas com muito “optimismo”.
Quanto aos estudantes internacionais, área em que a UMinho tem apostado ao longo dos anos e que já significam 15% do total dos 19.632 alunos, o reitor realça que a procura manteve-se. Neste momento, é “impossível” estimar quebras, uma vez que tal vai depender da evolução da situação nas próximas semanas.
