Ministro russo da Defesa de visita ao Donbass

O ministro da Defesa da Rússia está de visita à região de Donbass, pelo terceiro dia consecutivo. De acordo com as autoridades russas, Sergei Shoigu está a “analisar o trabalho de reconstrução” do território ocupado. Na Ucrânia, nas primeiras horas desta segunda-feira, soou em todo o país o alerta de ataque aéreo.
“Como parte de uma viagem à região da operação militar especial”, Shoigu tem realizado várias inspeções em locais de infraestrutura já reconstruídos, assim como em novos locais de construção em Mariupol.
Em comunicado citado pela imprensa internacional, as autoridades russas revelaram que o ministro esteve num “posto de comando” no leste da Ucrânia, numa altura em que Bakhmut, na região de Donetsk, é palco de intensas batalhas. No final de dezembro, Sergei Shoigu já tinha feito duas visitas à região da “operação especial” na Ucrânia.
Nas últimas semanas, Bakhmut tornou-se um símbolo da luta pelo controlo da região industrial do Donbass, formada pelas regiões de Luhansk e Donetsk. No domingo à noite, o presidente ucraniano revelou que o exército esteve envolvido numa batalha “dolorosa e difícil” contra as forças russas na região de Donbass.
“Gostaria de prestar uma homenagem especial à bravura, força e resiliência dos soldados que lutam no Donbass”, disse Zelensky no seu comunicado diário, acrescentando que foi “uma das batalhas mais difíceis. Dolorosa e difícil”.
Zelensky também agradeceu às tropas ucranianas que “repeliram os ataques, destruíram o ocupante, enfraqueceram as posições e a logística do inimigo e protegeram as fronteiras e as cidades”.
“Agradeço a todo o exército, aos guardas, aos guardas de fronteira que estão a defender o nosso Estado em Bakhmut, Vugledar, Avdiivka, Siversk, Svatove, Lyman e Zaporizhia”, acrescentou.
Entretanto, o chefe do grupo Wagner alertou que a ofensiva da Rússia em Bakhmut podia estar em causa, se as tropas russas e do grupo paramilitar não recebessem apoio e reforço militar.
Segundo a Reuters, Yevgeny Prigozhin disse mesmo que a linha da frente em Bakhmut poderia entrar em colapso se Moscovo não enviasse as munições prometidas em fevereiro.
“Por enquanto, estamos a tentar descobrir o motivo: é a burocracia ou uma traição”, disse Prigozhin, no Telegram.
“Se o grupo Wagner se retirar de Bakhmut agora, toda a linha da frente colapsa”, disse Prigozhin. “A situação não será doce para todas as formações militares que protegem os interesses russos”.
Esta segunda-feira, nas primeiras horas da manhã, todo o território ucraniano se encontrava sob alerta de ataque aéreo. Inicialmente começou por ser anunciado apenas em algumas regiões e, depois, por ser estendido a toda a Ucrânia. Entretanto, alerta aéreo terminou, segundo escreve o Guardian.
RTP
