Montenegro garante novo primeiro-ministro, novo governo e novas políticas
Quase à uma hora da madrugada surgiu Luís Montenegro para cantar “vitória”. Ainda assim, o líder da AD começou por elogiar a adesão dos portugueses ao ato eleitoral.
Numa sala repleta de apoiantes, Luís Montenegro agradeceu aos portugueses que estiveram nas mesas de voto para assegurar a normalidade do ato eleitoral. Saudou todos os candidatos, de todas as forças políticas e agradeceu de “forma especial” os que votaram na AD, que “venceu estas eleições”.
“Sempre disse que vencer as eleições era ter mais um voto do que qualquer outra candidatura e que só nessas circunstâncias assumiria o cargo de primeiro ministro”, continuou, para logo sublinhar que a Aliança Democrática “venceu as eleições e o PS perdeu”. “Os portugueses disseram que queriam mudar de governo e queriam mudar de políticas”, sustentou.
“A mudança vai-se cumprir com um novo primeiro-ministro, com um novo governo e com novas políticas”, vincou. O líder da AD falou várias vezes em diálogo e respeito, notando que o país precisa de novas políticas para cumprir a base do programa que hoje foi sufragado. “Há todas as condições para acreditarmos em Portugal, nos portugueses, nas instituições portuguesas”, disse. Falou ainda de crescimento da economia e na possibilidade de travar a saída de tantos jovens para o estrangeiro. Dirigiu-se ainda aos reformados e pensionistas e afiançou que nos primeiros sessenta dias do governo vai apresentar propostas na área da saúde assim como dar estabilidade à escola pública. Numa noite de muitos possíveis falou ainda de habitação, de forças de segurança, do sistema de justiça assim como no restabelecer do prestígio das instituições portuguesas.
Lançou ainda um recado aos restantes eleitos para a Assembleia da República, das diferentes forças políticas para que não esqueçam o “sentido de responsabilidade”.
“É com elevado sentido de responsabilidade que irei ao Sr. Presidente da República para dizer que vamos governar com a representação que o povo português nos confiou. Da nossa parte não falharemos a Portugal e não vamos virar as costas aos portugueses e às portuguesas”, finalizou no seu discurso antes do período de questões da comunicação social.
