Mostra da Escola de Engenharia dá palco à inovação Made IN UMinho

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho promoveu a 3.ª edição da Mostra Inovar e Empreender, com o objetivo de apresentar, sobretudo, ao setor empresarial o que se produz nos laboratórios da academia.

“A Escola tem uma ligação muito forte ao meio, às empresas e às outras instituições, mas tem também a missão de mobilização do seu ecossistema, para criar impacto económico e social com base na investigação que faz”, começou por explicar o vice-presidente da Escola de Engenharia da UMinho, Raúl Fangueiro.

Passar para o mercado o conhecimento gerado na Escola é um dos objetivos desta mostra, seja através de produtos, novas tecnologias ou processos. “Acreditamos que só mobilizando este ecossistema como um todo é possível criar o impacto socioeconómico que nós pretendemos a partir da nossa atividade”, acrescentou o docente.

As cerca de 40 entidades que participaram na 3.ª edição, entre startups, spin-offs ou laboratórios, estavam ligadas a diferentes áreas, como o têxtil, o calçado, a robótica, a inteligência artificial, química ou materiais sustentáveis.

Da Defesa à Indústria, startups e spin-offs apresentam soluções mais sustentáveis 

César Cardoso, na Natura Matéria, tem no cânhamo o material de eleição. Atualmente, desenvolvem blocos de cânhamo, sendo responsáveis por todo o processo produtivo.“Quando estamos a falar de tecnologias novas e desconhecidas, estas mostras são um passo fundamental, porque permitem o estabelecimento do contato com as instituições para o desenvolvimento do produto da forma mais rápida possível”, explicou.

A Fibrenamics tem apostado no “desenvolvimento de novos materiais e soluções à base de fibras e de compósitos para diversos setores de atuação”. Além da “valorização de recursos marinhos para desenvolvimento de novos produtos de vestuário e de calçado, procurando valorizar resíduos plásticos”, também recorrem a algas “para o desenvolvimento de produtos para a área do têxtil e do vestuário”. Ainda assim, é na área da Defesa que mais se têm destacado. “Temos desenvolvido vários produtos inovadores. Desde logo, capacetes balísticos, coletes balísticos, placas de proteção para revestimento de viaturas e de infraestruturas mais leves”, explicou João Bessa. A Fibrenamics aposta ainda no desenvolvimento de novas fibras, recorrendo ao linho e ao cânhamo. Esta é uma posta que permite reduzir a pegada ecológica e, quando aplicadas ao setor automóvel, permitem ainda o “amortecimento de vibrações”.

Diana Ferreira, da 2C2T, aproveitou a mostra da Escola de Engenharia para promover cinco projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência: o BIT, o Geatex, o Lusitano, o Pacto da Bioeconomia Azul e o Biosource For All. Ainda que cada projeto esteja ligado a temáticas diferentes todos partilham o objetivo de “contribuir para a sustentabilidade da indústria, principalmente a indústria têxtil”.

“Nestes cinco projetos, tivemos mais ou menos 4,5 milhões de euros de financiamento do PRR, o que foi fantástico do ponto de vista de aquisição de equipamentos e de infraestruturas”, apontou a responsável. Os projetos têm que estar terminados “até junho de 2026 e estão, neste momento, com percentagens de execução de 70%”. “Do ponto de vista do desenvolvimento de produtos e protótipos, já estamos a desenvolver com as empresas parceiras, o que é muito importante para nós, colocar a ciência no mercado”, finalizou Diana Ferreira.

Rui Pinheiro representou o SetUP. Guimarães e aproveitou a Mostra Inovar e Empreender para apresentar a 3.ª edição do SetUP Industry, um programa de aceleração e incubação para empreendedores ou startups que estão a desenvolver produtos ou serviços para serem aplicados na indústria. “Até agora, apoiamos 54 startups na primeira e na segunda edição, promovemos mais de 300 horas de bootcamps, dezenas de reuniões entre as startups, a indústria, o ecossistema empreendedor, investidores e também os centros de investigação e a academia”, detalhou. Rui Pinheiro reconhece que “muitos dos trabalhos de investigação” feitos na UMinho “podem ser transformados em ideias de negócio e efetivamente crescer, escalar e ter sucesso”, considerando, por isso, oportuno para a SetUP. Guimarães marcar presença no evento.

As inscrições para a 3.ª edição do SetUP Industry estão abertas até ao dia 30 de setembro. Vão ser selecionadas entre 8 a 12 startups para a primeira fase. Na segunda fase, serão selecionar entre 6 a 8 startups para ficarem incubadas literalmente dentro da indústria. 

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Liliana Oliveira
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Abel Duarte
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