MP investiga funcionária da CMB por cobrar verba para interferir nos concursos

A Câmara Municipal de Braga recebeu, “há uns meses”, duas denúncias relativas a uma funcionária municipal, da área da limpeza, que, alegadamente, terá cobrado 400 euros a algumas candidatas aos concursos municipais anuais para auxiliares de educação, nas escolas do concelho.
O caso foi de imediato reportado ao Ministério Público, que já se encontra a investigar a situação.
Esta segunda-feira, aos jornalistas, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, explicou que “um concurso de recrutamento para qualquer vaga segue um conjunto de formalismos e envolve tantos interlocutores que ninguém consegue influenciar esse concurso”. “Alguém vir cobrar uma verba para favorecer uma pessoa é, em si mesmo, um absurdo e, neste caso, pior ainda, porque se trata de alguém que não tem interferência direta, não sendo uma pessoa diretamente envolvida”, acrescentou. Para o autarca, a confirmar-se, trata-se de “uma situação reprovável”.
Alegadamente, e de acordo com Rio, a visada terá “responsabilizado uma superior hierárquica”, que, por sua vez, “apresentou queixa por difamação”. “Há vários processos a correr, que estão interligados”, referiu ainda o autarca.
A situação já foi comunicada às instâncias judiciais, que já estão a investigar o caso.
Segundo o presidente da Câmara chegaram ao seu gabinete duas denúncias de pessoas que diziam ter pago uma verba monetária a uma funcionária da limpeza, para garantir uma vaga num concurso municipal.
No entanto, o JN adianta que a situação foi denunciada por uma dezena de pessoas.
