“Muitas mulheres sofrem abusos  e maus tratos durante o parto”

A UMAR Braga e o Projeto Viva promovem, esta sexta-feira, mais uma sessão do ciclo dedicado aos Direitos das Mulheres na Saúde, impulsionado por  três estudantes da Escola de Medicina da Universidade do Minho e também voluntárias da União Mulheres Alternativa e Resposta. 

Na primeira sessão, em março, a conversa foi dedicada ao parto humanizado. Desta vez, o tema é a “Violência obstétrica – da evidência à prática centrada na grávida”.

As sessões têm como objetivo “partilhar conhecimentos, experiências e dúvidas para ter partos dignos e ajudar os colegas a praticar a melhor medicina para as pessoas”, disse em entrevista à RUM, Mariana Fernandes, aluna do 6.º ano de Medicina e voluntária na UMAR Braga. “A OMS, em 2014, afirmou que muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto”, lembrou.

Na conversa, que vai contar com a participação de Inês Furtado (médica anestesiologista), Mia Negrão (advogada, formadora e doula) e Vânia Simões (advogada, assistente convidada na Faculdade de Direito da UNL e cofundadora da jusnascimento) vai tentar perceber-se “o que está a correr mal e o que está a ser feito”. 

“Há cada vez mais relatos portugueses de desrespeito pelas mulheres neste atendimento obstétrico, abuso verbal ou privação da informação sobre o que vai ser feito durante o parto”, acrescentou Mariana Fernandes. 

Luís Henrique Linhares diz que “combater a violência obstétrica não é uma questão ideológica, é uma questão constitucional”. A estudante de Medicina adiantou ainda que a conversa vai “ser baseada na lei 15/2014 que já esclarece alguns direitos das mulheres na gestação e parto”.

A sessão dedicada à “Violência obstétrica – da evidência à prática centrada na grávida” está agendada para esta sexta-feira, dia 16 de Abril, às 21h. A participação é gratuita mas sujeita a inscrição, que pode ser realizada aqui.