International Week com nota positiva. Programa pode “impulsionar” Erasmus

Dois anos depois, a Universidade do Minho volta a acolher participantes na quarta edição do UMinho INTernational Week. Recorde-se que devido à pandemia de covid-19, a iniciativa não chegou a ocorrer no ano de 2020.
Durante cinco dias, a academia minhota recebeu 27 representantes de academias parceiras de 12 países fora da Europa, são eles: Albânia, Bielorrússia, Bolívia, Cabo Verde, Geórgia, Jordânia, México, Moçambique, Mongólia, Palestina, Quirguistão e Uruguai. Os participantes chegam ao abrigo do programa de mobilidade UMoveme, distinguido pelas boas práticas em 2019, e o Jamies, coordenador pela academia minhota, ambos financiados pelo Erasmus + num total de 745 mil euros.
De acordo com os últimos dados apresentados no Conselho Geral da UMinho, no ano letivo de 2020/2021 foi registado um decréscimo de 3% no total de estudantes estrangeiros na instituição. À RUM, a pró-reitora para a Internacionalização, Carla Martins, declara não ter dúvidas que o “testemunho que vão passar (à sua comunidade académica) será de encorajamento para virem”, uma vez que experienciaram na primeira pessoa bons momentos.
O projeto UMoveme tem como objetivo a mobilidade de estudantes, docentes e técnicos, administrativos e de gestão de pessoas fora da Europa. Para a UMinho esta é uma ferramenta diferenciadora no “impulsionar” da mobilidade no futuro.
Quais as opiniões dos participantes que de 28 de junho a 2 de julho conheceram a Universidade do Minho.
Khaldoon Bashaireh chega da Yarmouk University, na Jordânia. Em declarações à RUM sublinha os interesses académicos comuns na área da medicina, uma vez que é professor de cirurgia ortopédica. “Hoje tive uma reunião com a equipa da faculdade de medicina, e estamos ansiosos por desenvolver parcerias no futuro, talvez intercâmbio de estudantes ou intercambio de funcionários. Nos dias de hoje, temos a facilidade de contar com o ensino online, portanto podemos fazer estas parcerias sem termos sequer que sair da nossa cidade. Podemos aprender uns com os outros”, realça.
Numa sala repleta de sotaques e objetivos distintos conversamos com Judith Valdivia Rivera da Universidad Católica Boliviana San Pablo, na Bolívia. Pela primeira vez no nosso país, adianta que gostaria de trabalhar, no seu país, “políticas educativas para facilitar a internacionalização” da academia em que labora. Portugal é um destino especialmente interessante para a Bolívia, segundo a responsável, devido à proximidade com o Brasil. Além do mais, “várias pessoas estão a aprender português”, logo uma futura parceria com a academia minhota iria facilitar uma experiência na Europa. “É uma universidade de prestígio e com muita história (UMinho), por isso, gostávamos de estabelecer laços para receber e enviar estudantes”, confessa. As portas da Universidade San Pablo, de acordo com Judith, “estão abertas2 para vir a receber os primeiros portugueses.
Esta é também a primeira experiência em Portugal e na Europa para Nurlan Sherimbekov que chega do International Ataturk Alatoo University, no Quirguistão. O participante confessa ter aprendido muito com a iniciativa organizada pela Universidade do Minho, no que diz respeito, principalmente, ao sistema educacional
que é muito distinto do modelo asiático. “Quando regressar ao meu país espero que seja possível continuar a colaborar”, afirma.
