“Vemos o percurso que Braga quer traçar na cultura com uma expetativa muito positiva”

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) destaca a aposta crescente do Município de Braga no setor cultural. António Cunha esteve presente na sessão pública da conferência ‘Financiamentos para a Cultura’, organizada pela equipa da estratégia Braga 2030, que decorreu esta terça-feira no Theatro Circo.

A classificação do Bom Jesus do Monte como Património Mundial da UNESCO, em 2019, e a candidatura a Capital Europeia da Cultura (CEC), em 2027, no entender do responsável da CCDR-N, ajudam a que o setor esteja “nas linhas definidoras de desenvolvimento do concelho”.  “Se a ambição [de ser CEC] se consumar, terá essa dimensão europeia que todos queremos. Se não se consumar, haverá um projeto acolhido pelo município e que vai enquadrar os próximos dez anos de desenvolvimento”, refere.


Durante a intervenção, António Cunha lamentou o “subfinanciamento” que tem assolado a cultura, esperando que o Programa Operacional Portugal 2030, assim como outros fundos comunitários, reservem uma fatia maior para o setor do que em edições anteriores.  “Conferir uma maior centralidade à cultura” é algo que a CCDR-N está “comprometida”, vendo, por isso, “o percurso que Braga quer traçar na cultura com uma expetativa muito positiva”.


O presidente da Câmara Municipal de Braga também esteve na conferência ‘Financiamentos para a Cultura’. Ricardo Rio não nega que “a cultura é sempre o parente pobre não só do Orçamento do Estado, mas também dos orçamentos municipais”. Ainda assim, assinala que essa realidade se tem “transformado, sobretudo ao nível da esfera autárquica”. 


“Hoje alocamos um montante crescente de recursos a esse setor, mas isso não acontece só em Braga. Há câmaras municipais e governos regionais que têm sabido perceber a importância da cultura para o desenvolvimento dos seus territórios”, argumenta.


A conferência ‘Financiamentos para a Cultura’ contou com a apresentação dos resultados e conclusões dos grupos de trabalho criados durante a parte da amanhã e que analisaram os seguintes temas: Políticas de cidade e ecossistemas criativos; Ambiente, sustentabilidade e mediação cultural; Apoios à criação e programação cultural nos territórios; Os apoios às empresas culturais e criativas; e Governação para a Cultura.


O programa incluiu ainda uma mesa-redonda dedicada ao tema ‘A Cultura a Norte: perspectivas 2021 – 2027’, que reuniu Conceição Carvalho, da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Júlio Pereira, da CCDR-N, Américo Rodrigues, da Direção-Geral das Artes e João Ribeiro da Silva, da Direcção Regional de Cultura do Norte.



Partilhe esta notícia
Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Abel Duarte
NO AR Abel Duarte A seguir: Elisabete Apresentação às 11:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv