Nó de Infias terá um viaduto e estará pronto até 2024

A reorganização viária do Nó de Infias será uma realidade até 2024. O projeto da empreitada, orçada em seis milhões de euros, foi apresentado, esta terça-feira. A IP vai assumir os custos da obra na totalidade.

Diariamente, por esta via passam mais de 110 mil viaturas, provenientes de diferentes concelhos, que fazem deste um troço problemático no concelho.

De acordo com o Estudo de Tráfego e com a micros simulação efetuada, as condições de funcionamento do Nó de Infias no ano horizonte de 2043 serão muito satisfatórias, prevendo-se uma redução muito significativa dos atrasos relativamente à situação atual. O atraso total, de todos os veículos que circulam nas vias envolvidas, passará de cerca de 374h em 2021, para cerca de 76h em 2043, na hora de ponta da manhã, e de 507h (2021) para 27h (2043), na hora de ponta da tarde.

O projeto, que custou 400 mil euros, financiado pela Câmara e pela Infraestruturas de Portugal (IP) contempla a construção de um viaduto, numa extensão de 217 metros, com 12 metros de largura na via para cada sentido.

João Campos, coordenador de projetos da Betar, empresa que realizou o projeto, apontou ainda a “ligação direta, sem conflitos, entre a EN101 (norte) e a EN14 (nascente), a ligação direta, sem conflitos, entre a EN14 (poente) e a EN101 (norte), a ligação entre o centro de Braga e a EN101sem conflitos, a redução dos constrangimentos na ligação Nascente/Sul, o maior afastamento ao edificado existente, ou seja, menos ruído e menor ocupação. No total, os novos ramos terão uma extensão 1600 metros e o novo pavimento terá uma área de 13.500 metros quadrados.


Segundo o responsável, esta obra permitira “uma redução muito significativa dos atrasos”, prevendo-se “menos 80% na hora de ponta da manhã e menos 95% na hora de ponta da tarde”. Além disso, será possível “diminuir consumos energéticos e emissões poluentes”.

“Os desafios da mobilidade em Braga são muito superiores ao Nó de Infias”, Olga Pereira

“Os desafios da mobilidade em Braga são muito superiores ao Nó de Infias, mas, ao nível das vias, é prioritário que seja complementado com outras obras importantes, para as quais necessitamos igualmente do compromisso da IP, até porque para elas não existe financiamento comunitário. Assume particular importância a variante do Cávado, que pela sua localização e ligações, funcionaria como uma variante à EN 14, que integra a Avenida António Macedo, garantindo que muito do tráfego possa ser desviado do centro da cidade”, afirmou Olga Pereira, vereadora da mobilidade.

As filas médias passarão de 2,4 quilómetros para 0,4, no período da manhã, e de 4,3 para 0,1, no período da tarde.

O presidente da Câmara, Ricardo Rio, estima que a obra esteja no terreno até ao início de 2023 e deverá estar concluída até 2024. “Teremos dois a três meses para a conclusão dos projetos de especialidade, depois será aprovado pela IP, para viabilizar a próxima fase, lançamento do concurso público, e depois será necessário o visto do Tribunal de Contas e arranque da obra. Ainda em 2023 poderemos ter o Nó operacional, se os processos não se alongarem no tempo”, afirmou o autarca.

Câmara já adjudicou o contrato para a elaboração do projeto do prolongamento da Variante do Cávado entre o Nó de Frossos e o Nó de Ferreiros

Ricardo Rio referiu que esta “não é uma solução mágica” e o prolongamento da Variante do Cávado “não está a ser descurado”. “Em junho, estará concluído o prolongamento desde o Nova Arcada até ao Nó de Frossos, com reabilitação das margens do rio. Está já adjudicado o contrato à empresa GEG para a elaboração do projeto do prolongamento da Variante do Cávado entre o Nó de Frossos e o Nó de Ferreiros”, revelou. Em causa está um investimento de 310 mil euros por um prazo de execução do projeto de nove meses. O contrato, acrescentou Rio, “será celebrado nas próximas semanas e, por isso, em fevereiro do próximo ano teremos o projeto, que terá que ser discutido com a IP para decidir as próximas fases”. Neste caso, não há metas temporais que se possa definir por enquanto, mas será certamente um projeto para lá de 2023.No entanto, Ricardo Rio quer ver este troço “concretizado neste mandato autárquico”.

No que toca a esta intervenção no Nó de Infias, segundo João Campos, haverá uma minimização do impacto da execução da obra no tráfego durante esse período, com desvios na rotunda para se construir o viaduto, ou seja, a rotunda continuará a funcionar, mas com vias mais apertadas. Depois de construído o viaduto “já muito movimento deixa de existir e já se pode trabalhar outros movimentos”. 

Estava prevista a presença do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na apresentação do projeto, mas o governante acabou por não comparecer uma vez que não há ainda aprovação formal institucional do projeto. 

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Liliana Oliveira
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