Novo diretor do Teatro Oficina quer ajudar a capacitar estudantes da UMinho

O novo diretor do Teatro Oficina, Bruno dos Reis, pretende que a estrutura seja uma mais-valia na capacitação dos estudantes de teatro da Universidade do Minho (UMinho). A sugestão foi partilhada esta semana pelo próprio, numa conversa aberta com a comunidade realizada no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor (CCVF). “Se houver alguma coisa que por acaso o curso não consegue oferecer porque tem horas limitadas, quero que também sirva para isso. Para mim é um ponto essencial sobre a capacitação”, confidenciou.


Referindo também que não acredita que o modelo de ensaio presencial, uma vez por semana, “capacite devidamente as pessoas”, defende outra tipologia mais abrangente para formar, até porque há muita gente capacitada em Guimarães “que agora não está a capacitar outras pessoas que querem ser capacitadas”.

Bruno Reis pretende ainda um dia permanente por semana para que qualquer pessoa possa ligar e pedir ajuda aos membros da equipa da Oficina “seja na interpretação, dramaturgia ou áreas técnicas”.

Sobre espetáculos e a sua itinerância, o diretor do Teatro Oficina defende que nem sempre faz sentido viajar apenas com espetáculos, sugerindo programas paralelos, uma vez que essa interação pode trazer mais valias para os territórios. “Acho que é uma forma de criarmos pontos de contacto entre os criadores que estão em Guimarães e os criadores que estão naqueles territórios e é uma forma de trazermos mais para cá também”, justificou.

Natural de Aveiro, o dramaturgo, encenador e artista multidisciplinar deu conta de alguns momentos simbólicos deste ano e do próximo, que podem influenciar de forma positiva o que se pode construir. Nesta matéria refere o contexto atual, nomeadamente com os 20 anos do CCVF em 2025 e em 2026 a Capital Verde Europeia. Na imaginação de Bruno Reis surgem temas divididos pelos dois anos entre imagem, memória, mito e paisagem. “Partimos de uma forma mais estéril da imaginação, passamos para a memória, uma coisa mais pessoal da imaginação, para o mito que é uma coisa mais coletiva e chegamos à paisagem que é hipoteticamente a construção que essa imaginação gera”, argumenta.

Outro dos desígnios revelados por Bruno Reis é o lançamento de duas criações por ano. “Uma primeira mais partilhada, com mais gente do território e uma segunda criação hipoteticamente mais autoral, vertendo de uma forma mais íntima a algumas pessoas mais restritas a uma hipotética companhia”, acrescenta.

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Elsa Moura
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