Novo hotel no centro de Braga abre portas em 2024 e empregará 40 pessoas

Foi apresentado esta segunda-feira e deverá abrir portas em 2024. A nova unidade hoteleira da cidade, o Hotel Plaza Central, vai ficar instalado no edifício contíguo ao Recolhimento das Convertidas e deverá empregar, pelo menos, 40 pessoas.
Em causa está um investimento de 16 milhões de euros, por parte do Grupo Hoti Hotéis, que prevê a adaptação do edifício do séc. XVIII ao programa hoteleiro e a construção de um novo edifício de estilo contemporâneo que assumirá como referência o alinhamento do Convento das Convertidas.
Serão 109 quartos, spa, piscina exterior, restaurante, bar, claustro e uma sala de reuniões.
Manuel Proença, presidente do grupo de hotelaria, evidenciou “o grande potencial de Braga para o norte de Portugal”, esperando que este projeto “seja um sucesso”.
Segundo Rosário Rodrigues, arquiteta projetista, “para além do edifício estende-se um terreno com 4.500 metros quadrados onde se vai desenvolver um complexo do hotel e onde está previsto ceder ao domínio público uma área de 1.530 metros quadrados, para a construção de um jardim público que terá ligação ao jardim do Convento das Convertidas”
“Quando olhamos para este projeto e para a sua implementação na zona envolvente, percebemos que é um instrumento de verdadeira regeneração urbana. Não é só o edifício que vai ser reabilitado, mas sim toda esta envolvente que, graças ao jardim público que vai ser criado, vai dar a oportunidade aos bracarenses e a quem nos visita de conhecer todo este espaço, assim como os logradouros dos edifícios contíguos com a interação que será criada”, afirmou o presidente da Câmara, Ricardo Rio.
O autarca não nega que esta “é uma boa notícia para Braga”, acreditanto que o investimento vai ultrpassar os 20 milhões de euros, com a aquisição do edifício. “É sinal que o turismo de Braga alimenta o retorno para esse investimento”, apontou Rio, para quem “Braga se tornou um dos principais destinos turísticos, da região, país e Europa”.
Recolhimento das Convertidas poderá dar lugar a museu virtual sobre a história de Braga
A autarquia pretende, agora, que o Recolhimento das Convertidas, datado de 1722, seja transformado num espaço cultural, como, por exemplo, um museu virtual da história da cidade, uma sugestão partilhada por Manuel Proença. Segundo Ricardo Rio, para restaurar o edifício, que integra uma capela, será necessário um investimento superior a “1,5 milhões de euros”.
O Recolhimento das Convertidas estará prestes a passar do Ministério da Administração Interna (MAI) para as mãos da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado. Segundo o presidente da Câmara, Ricardo Rio, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana já retirou o monumento da lista de imóveis para habitação a custos acessíveis.
“Estamos a aguardar uma reunião com o novo ministro da Administração Interna para podermos avançar com a cedência em definitivo deste imóvel e, assim, desenvolvermos um projeto de salvaguarda e de revitalização cultural que vai servir a cidade e que será uma mais-valia”, referiu o autarca, apontando a conclusão do processo ainda este ano.
