“O primeiro representante do PS na Câmara de Braga tem feito uma oposição frouxa”

“O primeiro representante do PS na Câmara tem feito uma oposição frouxa”. O novo líder da concelhia de Braga do Partido Socialista, eleito este sábado, tem sito muito crítico em relação ao trabalho de Hugo Pires, na oposição à coligação Juntos por Braga. Pedro Sousa aponta já às autárquicas de 2025, para as quais está disponível para ser o candidato do PS em Braga.

“É obvio que o líder do PS tem que estar disponível para tudo. O que eu não digo é que só posso ser eu o candidato”, afirmou em entrevista à RUM.

Pedro Sousa venceu as eleições de sábado, com 59,7% dos votos dos militantes socialistas bracarenses. José Pedro Machado, que era apoiado por Hugo Pires, reuniu 40,3% dos votos.

Em 2025, com Ricardo Rio a sair de cena, Pedro Sousa considera haver “uma oportunidade do PS ganhar a Câmara”. “O PS deve escolher o melhor candidato, que será aquele que, num processo transparente, participado, for escolhido”, apontou. Antes do ato eleitoral, José Pedro Machado afirmou que o trabalho feito desde 2021, ano em que Pires encabeçou a lista do PS, “não devia ser desperdiçado. No entanto, Pedro Sousa parece ter uma visão diferente. O novo líder do PS Braga diz que “tem faltado trabalho, dedicação, estudo, preparação e falta, sobretudo, proximidade”.


“Construir uma vitória eleitoral no concelho da dimensão do de Braga obriga a um trabalho diário de terreno, andar nas freguesias, e é impossível ganhar a Câmara com um candidato que está quatro e cinco dias por semana em Lisboa, porque se o PS achar que conquista a Câmara apenas pelo demérito da direita, provavelmente, chegará a 2025 e terá uma grande surpresa”, frisou.

Com uma “vitória esclarecedora”, Pedro Sousa não coloca outro cenário que não o de estar “disponível para tudo o que o PS necessite”. “Se o tal processo de escolha, com uma metodologia discutida, aberta, plural, vier a dizer que sou eu, lá estarei ao serviço do PS, se disser que há pessoas melhor colocadas do que eu lá estarei ao lado dessas pessoas”, garantiu.

No sábado, Pedro Sousa conseguiu 766 votos de militantes, enquanto José Pedro Machado reuniu 559, naquele que diz ter sido “o processo eleitoral mais participado desde 2012”, com mais de 1300 dos cerca de 1900 militantes a ir às urnas. “Havia um desencantamento das bases do PS pela condução recente dos últimos anos. Sempre tivemos uma ideia diferente do que deve ser a ação do Partido Socialista, virada para a comunidade, que falhou por diferentes motivos. Face a uma queda abruta da coligação, em 2021, o PS teve apenas uma subida de 2500 votos. Sentia-se que a cúpula do PS tinha deixado de representar os interesses das bases”, referiu o novo presidente da concelhia. Pedro Sousa evidenciou ainda que houve apenas uma das quatro mesas em que a sua lista, a lista A, não venceu, que foi a dos militantes mais recentes do partido. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Elisabete Apresentação
NO AR Elisabete Apresentação A seguir: Sérgio Xavier às 13:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv