O reconhecimento da Palestina pretende “pressionar por um cessar-fogo e acordo de paz”

Pressionar por um cessar-fogo e um possível acordo de paz. Para o especialista em Ciência Política da UMinho, José Palmeira, este é o primeiro objetivo do governo português ao anunciar que pretende efetuar o reconhecimento do estado palestiniano.

A declaração assinada por Portugal inclui outros 11 países europeus, e ainda Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Para o especialista, este é um sinal,” como é óbvio, de descontentamento face” às condutas do governo de Benjamin Netanyahu. Portugal é um dos países europeus que admite reconhecer o Estado da Palestina, ao lado de Andorra, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, San Marino, Eslovénia e Espanha. 

José Palmeira recorda a pausa humanitária em Gaza anunciada pelo governo israelita este domingo e, acrescenta, que pode ser “uma consequência, do reconhecimento anunciado pela França”. “Poderemos estar perante uma pressão à qual Israel está a ser sensível”, acredita.

Portugal e outros países da União Europeia preferiam, vinca José Palmeira, que o reconhecimento do Estado palestiniano “fosse feita em conjunto pelos Estados-membros”, algo que não vai ser possível. Por outro lado, alerta, os dois estados estão em conflito e um reconhecimento, nesta altura, “pode representar uma vitória para o Hamas”, algo que “seria contra o que pretende o ocidente”.

O especialista alerta que em termos práticos, não há alteração na relação com Portugal, que “sempre defendeu a solução de dois Estados” e que convivessem mutuamente em segurança.

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Marcelo Hermsdorf
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Jornalista na RUM

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Sara Pereira
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