Observatório Panorama e-learning vai diagnosticar avanços e barreiras em Portugal

O Observatório Panorama e-learning vai realizar, a partir de setembro, um inquérito a nível nacional para diagnosticar as barreiras existentes ao ensino à distância e os avanços dados durante a pandemia, em Portugal.
Ana Dias, coordenadora do projeto “Panorama e-learning Portugal 2014”, da TecMinho, interface da Universidade do Minho, é a convidada desta quinta-feira do UMinho I&D.
Este Observatório Panorama e-learning pretende registar experiências bem-sucedidas, boas práticas inovadoras em Portugal de utilização do ensino à distância, assim como disponibilizar um conjunto de instrumentos úteis na promoção desta modalidade de formação.
Qual a diferença entre e-learning e b-learning?
De acordo com Ana Dias, o e-learning é um conceito que define um género de aprendizagem com distância física permanente entre formadores e formandos. Já no caso do b-learning existe a hipótese de realizar sessões presenciais, ou seja, trata-se do popular regime de ensino híbrido.
Que caminho está a traçar o Observatório Panorama e-learning?
Ana Dias revela, ao UMinho I&D, que o observatório tem como meta “estudar a governação e práticas da qualidade do ensino à distância no país”.
Em Portugal, antes da pandemia, era vivido um clima de “desconfiança” em relação ao e-learning. Com a situação pandémica a evoluir desfavoravelmente, e com falta de planeamento, foi necessária a implementação de um ensino, quase, de emergência. Entre as falhas diagnosticadas pela equipa destaca-se a “falta de equipamentos como computadores e, sobretudo, formação adequada para os docentes”. A coordenadora aproveita o momento para realçar a “capacidade de superação dos professores”.
Neste momento, quer as academias quer as empresas estão a apostar na formação, webinares e conferências. “Nota-se uma vontade de mudança”, afirma.
No site do projeto “Panorama e-learning Portugal 2014” é possível consultar a Carta de Qualidade elaborada assim como leis que regulam, a título de exemplo, o ensino à distância no ensino superior.
Atualmente, a equipa está a trabalhar em Cabo Verde com o intuito de ajudar a melhorar as técnicas de educação neste país, assim como em Moçambique.
No nosso país, a investigadora defende que a falta de orientação das propostas das instituições de ensino superior para as pessoas é uma das grandes barreiras. Segundo Ana Dias, é necessário evoluir no que toca à formação contínua para um “ensino on demand”, em que será possível “escolher disciplinas, unidades curriculares ou pequenos cursos que correspondem a créditos”.
