OFICIAL: Custódio Castro de saída do SCB

O técnico do Sporting Clube de Braga, Custódio Castro, pediu a António Salvador para abandonar o comando técnico da equipa principal dos minhotos. A informação foi revelada esta manhã pelo presidente do clube arsenalista em comunicado. É uma posição “inamovível”, admite o presidente que fica em mãos com mais um desafio difícil em 2020: encontrar um sucessor para o comando técnico da equipa principal, numa altura em que o campeonato ainda não terminou.

Ontem, o clube minhoto voltou a perder, desta feita por 4-3 diante do Rio Ave e Custódio Castro manifestou a vontade de deixar no imediato o comando técnico que tinha ocupado com a saída de Ruben Amorim para o Sporting.

Salvador refere que “a frustração sentida pelo Clube e pelos seus responsáveis contribui para um clima de grande adversidade e favoreceu a decisão comunicada por Custódio Castro de deixar o comando técnico da equipa do SC Braga”. “Esta posição inamovível do nosso treinador coloca um desafio acrescido ao Clube para a fase final da temporada, mas é reflexo de um ambiente de contrariedade que em grande parte é provocado por erros externos que não são admissíveis nem desculpáveis”, nota o presidente do clube arsenalista.

No longo comunicado, António Salvador recorda o momento em que o clube desafiou dirigentes, técnicos e jogadores, assim como restantes clubes e entidades a um pacto de silêncio “para esclarecer se a ausência de ruído em torno do sector resultaria em melhores arbitragens e, por consequência, em resultados mais justos e em classificações mais condizentes com o valor desportivo demonstrado pelas equipas”.


“O quadro de árbitros é fraco e o Conselho de Arbitragem é conivente com esta falência”

“A teoria de que o erro é potenciado pelo alvoroço que se cria em torno dos árbitros seria facilmente analisável ao longo destas jornadas e ainda mais no tempo que vivemos, sem qualquer pressão adicional das bancadas e com ferramentas tecnológicas que tornam as falhas inaceitáveis. Ou seja, se num contexto quase laboratorial os erros persistem, então a conclusão a retirar só pode ser uma: o quadro de árbitros é fraco e o Conselho de Arbitragem é conivente com esta falência, permitindo que de forma reiterada se adulterem resultados e classificações”, lê-se.

Face às jornadas mais recentes, a conclusão dos arsenalistas é que “o sector da arbitragem vive uma crise de competência profunda e é dever do Clube denunciar a persistência do erro e exigir mudanças imediatas, não sendo entendível que numa fase de renovação dos seus órgãos a Federação Portuguesa de Futebol mantenha intacta uma gestão que se tem revelado um fracasso a todos os níveis, reforçando a aposta em Fontelas Gomes e na sua equipa”.


No comunicado tornado público no site oficial do Sporting Clube de Braga, António Salvador anuncia a retirada de confiança a José Fontelas Gomes.

Lembrando que o SCB “viu serem-lhe assinalados quatro penáltis contra nas últimas cinco jornadas, começando com um castigo máximo – e consequente expulsão de Raul Silva – na deslocação ao terreno do CD Santa Clara”, o dirigente refere que a situação “não é justificável em qualquer imagem e que o VAR não ajudou Artur Soares Dias a reverter, também não alertando para uma falta anterior sobre Paulinho”. 

“O prejuízo que resultou desse encontro reforçou o estatuto de equipa mais prejudicada da Liga NOS, mas a partida com o Rio Ave FC significou novo atentado às leis do jogo e à evolução do sistema de auxílio às arbitragens, fazendo lembrar escândalos passados, alguns até no mesmo estádio, sendo de bradar a não expulsão de Santos aos 60’ (inclusive após Nuno Almeida ser alertado pelo VAR) mas também o penálti e a expulsão de Rolando, já em descontos, por intervenção faltosa que não se descortina, sendo claro pelas imagens e referido pela narração da SportTV que o corte do jogador do SC Braga é feito com o ombro”, descreve o presidente do SCB.

Assumindo que “o erro é parte integrante do futebol e da vida”, Salvador assinala que “o erro persistente e reiterado tem outro nome e não há que ter receio de o apontar: chama-se incompetência”. “Permitir a incompetência é um atestado de incapacidade que tem de ser claramente imputado a este Conselho de Arbitragem, que é conivente com um prejuízo de 9 pontos à equipa do SC Braga ao longo deste campeonato, conforme é reconhecido por todos os analistas e por toda a Comunicação Social, que também deteta um benefício de 5 pontos para o competidor direto, o Sporting CP”.

Na óptica de António Salvador, “o SC Braga não é apenas a equipa mais prejudicada na época 2019/20, já o foi na temporada transacta, contribuindo inclusive para a descida de divisão da sua equipa B, conforme reconheceu o próprio Conselho de Arbitragem, que não deixará de notar a coincidência de o Clube mais beneficiado ser, mais uma vez, aquele que compete diretamente com o SC Braga por um lugar na tabela”.


Referindo que “os erros não têm consequências para os árbitros nem para quem os lidera”, o dirigente avisa que “têm consequências para as equipas, para os dirigentes, para os treinadores, para os jogadores e para os sócios e adeptos”. 

É precisamente na parte final do comunicado oficial que António Salvador anuncia que “a frustração sentida pelo Clube e pelos seus responsáveis contribui para um clima de grande adversidade e favoreceu a decisão comunicada por Custódio Castro de deixar o comando técnico da equipa do SC Braga”.


“O ataque ao SC Braga é um ataque aos seus sócios e adeptos e, por isso, é um ataque que a Direcção não deixará de denunciar e de combater sempre que se verifique prejuízo da equipa, por um futebol mais justo e que valorize o esforço e o trabalho dos grandes treinadores, jogadores e profissionais que defendem este Clube”, finaliza.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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