Oposição quer mais investimento para reduzir atropelamentos em Braga

A oposição no executivo municipal de Braga, Partido Socialista e CDU, considera que a autarquia deve agir de forma mais atenta para reduzir a sinistralidade rodoviária, sobretudo no que respeita a atropelamentos, mesmo que os dois acidentes mais recentes possam ter acontecido por culpa de um peão ou de um condutor. O tema foi levantado pelos vereadores socialistas na reunião camarária desta terça-feira.

Ricardo Sousa, vereador do PS, que já tinha levantado o tema num passado recente, afirma que “ao pensar cidade é preciso pensar na segurança, e na segurança dos mais novos”, referindo-se concretamente às imediações das escolas do concelho de Braga. “Se estamos a incentivá-los a andar a pé, têm que ter nesses percursos de mobilidade suave o segredo do crescimento das cidades”, diz.

O vereador da CDU, Nuno Reininho alerta também que o problema não é de agora, mas “de há muito tempo que deveria ter merecido atenção continuada”. Notando que além da responsabilidade individual do condutor e do peão, o comunista compara que noutras cidades “também com pessoas irresponsáveis e pouco cuidadosas não têm os mesmos índices de sinistralidade” quando comparadas com Braga. O vereador vai mais longe, notando que com uma cidade “virada para o automóvel, cruzada por várias vias de grande velocidade”, considera que é preciso “resolver isto, desde logo não colocando o primado no automóvel”.

O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, lamenta os atropelamentos registados e lembra que a responsabilidade está, muitas das vezes, nas partes envolvidas. O autarca reafirmou ainda o que já tinha sido anunciado à RUM pela vereadora da Educação, a criação de uma equipa multidisciplinar para uma avaliação cuidada nas imediações de todas as escolas de Braga. Além disso, acredita que o projeto do BRT “vai condicionar as velocidades de circulação e criar regras para as viaturas e melhores condições de atravessamento para os peões”. Por agora, a autarquia “está a tentar identificar se há algumas situações que possam carecer de uma intervenção mais localizada”. O autarca admite também um reforço na colocação de barreiras físicas além da vegetação nalgumas artérias, nomeadamente na Imaculada Conceição onde um estudante Erasmus perdeu a vida , ao início da noite da passada sexta-feira, quando atravessava fora da passadeira.

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Elsa Moura
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