“Os bancos estão agora muito mais preparados para os tempos de incerteza”

O Banco Português de Fomento defende que o setor bancário nunca esteve tão capacitado para enfrentar uma crise económica. A opinião foi partilhada pelo administrador executivo com o pelouro Comercial no evento ‘Reestruturação de empresas em tempos de crise’, que decorreu, esta terça-feira, no Altice Forum.

Tiago Simões de Almeida dá os exemplos do fim da reestruturação do Novo Banco e os resultados positivos das entidades bancárias durante 2022 para dizer que agora o setor se encontra “muito mais preparado para os tempos de incerteza”. “Ao contrário das outras crises, acho que a banca comercial está numa situação diferente […] Espera-se que este seja novamente um ano de crescimento económico. Até posso ter de mudar de ideias, mas hoje não estou pessimista em relação ao futuro”, salienta o responsável da instituição estatal.

O administrador do Banco Português de Fomento participou na sessão organizado pela Associação Empresarial do Minho, pela InvestBraga e pela Abreu Advogados, onde também esteve Eduardo Peixoto Gomes, representante da sociedade localizada no Porto. Olhando para as empresas, suspeita que “não haverá necessariamente uma recessão”, apesar de se avizinhar “um período economicamente muito difícil”. Depois da Covid-19 e da guerra, retrata, “não se sabe para onde as coisas vão caminhar”.

À mesa da discussão marcou igualmente presença João Antas Martins, managing partner na Leme Finance. O responsável da entidade especializada em processos de reestruturação de empresas destaca a importância deste tipo de eventos para “espicaçar” o setor e “apresentar soluções” para os problemas. “Isto pode-se complicar para todos. À partida, o ano não será tão grave, mas vamos ver”, sinaliza.



Setor energético pode ter papel preponderante, antecipa AEMinho

 

Uma das sugestões foi dada pelo presidente da Associação Empresarial do Minho. No entender de Ricardo Costa, Portugal está “na linha da frente em relação ao setor energético”. “Se nas outras crises não tínhamos petróleo, não tínhamos mineiros, agora somos dos países que mais condições têm para fazer face à crise energética, até tendo em conta os nossos níveis solares e a localização geográfica, se olharmos para o Porto de Sines”, elenca.


Apesar das “muitas oportunidades que existem para as empresas aproveitarem”, a começar pelos fundos estruturais, como o Plano de Recuperação e Resiliência e o Portugal 2030, avisa que é “necessário ter cuidado na aplicação das verbas”,

Na condição de anfitrião, o presidente da InvestBraga e da Câmara Municipal discursou na cerimónia de abertura do evento. Ricardo Rio exultou “o desempenho positivo e o mérito das empresas”, mesmo atendendo “ao contexto genérico de dificuldades que encontram”.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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