“Os transportes públicos não estão associados a nenhum dos novos casos de infeção”

A ministra da Saúde afirmou esta segunda-feira que os transportes públicos não estão associados a nenhum dos novos casos de infeção na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Marta Temido está a ser ouvida na comissão parlamentar da Saúde.

A questão dos transportes públicos foi levantada pelos partidos da oposição, nomeadamente pelo PSD, que sugeriu que se retirem impostos sobre os táxis e que a empresa municipal EMEL deixe de cobrar estacionamento para facilitar a mobilidade dos cidadãos na área de Lisboa, a mais afectada pelos novos casos de Covid-19.

O deputado social-democrata Batista Leite mostra solidariedade do partido para com a ministra da Saúde, afirmando que “alguns autarcas têm sido desleais para com a senhora ministra”, defendendo que “a crítica tem de vir acompanhada de soluções”.

Daí que o deputado proponha algumas soluções “contra um inimigo comum”, nomeadamente “identificar e isolar entradas” no país, testar mais, isolar mais e dar mais poder às forças de segurança para que possam manter as pessoas em isolamento. “A nossa atitude cá dentro tem impactos económicos lá fora”, afirma.


De acordo com o deputado social-democrata, “não basta dizer que não é possível manter o distanciamento social nos transportes públicos”, sugerindo que se fechem lugares, se reforcem os autocarros e se utilizem separadores.

“A EMEL tem [de voltar a] deixar de cobrar estacionamento. Temos de garantir distanciamento nos transporte públicos. Porque não se retiram impostos sobre os táxis e as ‘ubers’?”, sugere, considerando que desta forma os utentes poderiam utilizar menos meios de transporte como os autocarros.

Noutro âmbito, Marta Temido adianta que foi hoje assinado um despacho conjunto para exigir um teste negativo às pessoas que entrem em Portugal provenientes de “determinadas origens”. 


A ministra destaca também a entrada de mais 30 médicos de saúde pública a tempo completo para reforçar as equipas que estão a assegurar os inquéritos epidemiológicos na área de saúde de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Assegura ainda que até terça-feira à noite não havia testes epidemiológicos em atraso em Lisboa.


Marta Temido reconhece que há “uma assimetria para corrigir nos próximos concursos” relativamente aos médicos de saúde pública, que em LVT representam apenas 28% do todo nacional”. Realça também que existe uma obrigatoriedade para que as pessoas respeitem as ordens de confinamento, acompanhada de um quadro sancionatório que permite que a violação da obrigação de confinamento faça os incumpridores incorrer na prática de um crime.



LUSA

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